Teresa Guilherme é conhecida pelas superstições que a caracterizam desde que iniciou a sua carreira.

"A minha dificuldade é entrar neste universo sem chamar os bois pelos nomes. Há coisas que não se fazem, há muitas que não se dizem e também não se escrevem", afirmou a apresentadora no seu blogue.

Entretanto começa por partilhar uma delas: "Por exemplo, não posso falar da tal palavrinha começada por A que significa pouca sorte, e só de pensar nela já estou a bater na madeira. Toc, toc, toc. Três vezes", explica.

Posteriormente, a 'rainha dos reality shows' começa a contar como surgiu a famosa garrafa, que a acompanha nos programas:

"No Big Brother nasceu uma superstição que foi partilhada por grande parte da equipa técnica, e que passou despercebida à maioria do público. Houve sempre a mesma garrafa de água, em cima da mesa, do primeiro ao último programa das seis séries. Todas as terças-feiras, a nossa garrafa era religiosamente guardada na casa de um amigo e companheiro de trabalho, o câmara João Dias, que a trazia de volta na semana seguinte.

Tudo começou no Verão imediatamente anterior ao primeiro Big Brother, quando a equipa estava a fazer outro programa para a RTP, em que viajávamos por todo o país. Ao jantar, mesmo antes do espetáculo, criámos um hábito que se transformou rapidamente em superstição. Um elemento da equipa escolhia no restaurante um objeto, e eu tinha de convencer o dono a oferecê-lo: um cinzeiro, um copo, um simples bibelô. Mais palavrinha menos palavrinha, eu conseguia sempre.

Até que chegou a vez do João Dias escolher o tal objeto no restaurante Palmeiras, que fica em Areias de S. João, lá para os lados de Albufeira.

E o João atirou-se logo a uma aparatosa garrafa para ver se era dessa vez que eu perdia. Primeiro obstáculo: a dita garrafa também era especial para o dono do restaurante, o Sr. João Manuel. Eu que pedisse outra coisa qualquer, mas aquela garrafinha é que não, argumentava ele.

Depois de muita converseta pedi-lhe para ele, ao menos, a emprestar, dizendo-lhe que seria o amuleto do Big Brother que ia começar daí a poucas semanas.

O Sr. João cedeu, mas tive de lhe prometer que, quando acabasse o programa, a devolvia. Depois de quatro anos, em que aquela garrafa foi tratada nas palminhas, mas que também nos rendeu muitas palminhas, lá a devolvemos ao Sr. João Manuel. Ao contrário do que seria natural, ele nunca contou a ninguém a história daquela garrafa e por fim ofereceu-ma. Deixou de ser anónima e acompanha-me até hoje, sem nunca perder a magia. Obrigada ao Sr. João Manuel por ter acreditado, com tanta força como eu, que dentro daquela garrafa estava o segredo do sucesso do BB. Toda a gente tem as suas superstições e amuletos, só que não confessam. Mas isso agora não interessa nada", termina.