Carlos Cruz cumpre no dia 2 de dezembro metade da pena (primeira condição legal para poder ir para casa), mas uma eventual libertação antecipada depende, em primeira instância, do Tribunal de Execução e Penas, que vai analisar o caso.

Segundo fontes judiciais, o preso terá dificuldade em conseguir a liberdade condicional se não “interiorizar a culpa”, isto é, se não confessar os crimes, e isso dificilmente irá acontecer, porque Cruz sempre se declarou, e continua a declarar-se, inocente.

“O Carlos Cruz não irá confessar um crime que não cometeu”, garantiu ao jornal “Expresso” o advogado do apresentador, Ricardo Sá Fernandes. “A confissão ou não do recluso não deveria ser considerada, nestes pedidos, mas a cultura dos tribunais é essa”, acrescentou o causídico.

Mesmo assim, caso o Tribunal de Execução de Penas rejeite o pedido de liberdade condicional, Carlos Cruz ainda poderá recorrer para o Tribunal da Relação – o que irá ser feito, se necessário, como já garantiu Ricardo Sá Fernandes.

MARTA CRUZ REVOLTADA

Nas últimas horas, Marta Cruz, filha mais velha de Carlos Cruz, recorreu ao Facebook para desabafar contra “uma nova regra” imposta aos reclusos do Estabelecimento Prisional da Carregueira, onde o seu pai se encontra.

Marta denuncia que os presos perderam ultimamente alguma liberdade de comunicação com os familiares e que, agora, “só podem fazer uma chamada por dia, de cinco minutos, para uma única pessoa”.

“Não façam deles (reclusos) bichos enclausurados e completamente alheios ao que se passa aqui fora. Todo e qualquer ser humano tem direito à família, a única coisa que, por vezes, ainda os consegue chamar à razão…”, sublinha Marta Cruz na sua mensagem.