Ashley Judd, de 42 anos, revelou ter sido vítima de abuso sexual e de incesto. A actriz, que lançou recentemente um livro de memórias, intitulado ‘All That's Bitter & Sweet’, tem dado algumas entrevistas e não se coíbe de falar sobre o passado.

Dos seus tempos de criança, Ashley realça alguns momentos difíceis e muito marcantes. «A minha infância foi caótica e instável», assegurou à revista ‘People’. O facto de ser filha da estrela de música country, Naomi Judd, acabou por provocar-lhe alguns problemas e causar-lhe traumas que duram até aos dias de hoje.

“Era uma criança perdida (…) Sei que a minha mãe fez o melhor que conseguiu, tal como o meu pai, mas, por inúmeras razões, foi muito doloroso”.

No entanto, durante a mesma entrevista, Ashley foi mais longe e acabou por admitir ter sido vítima de abuso sexual por duas vezes. A primeira quando tinha quatro anos, por um homem que lhe deu dinheiro para se sentar ao colo dele, e a segunda, durante a adolescência, pela parte de um familiar, que preferiu não identificar.

A actriz falou abertamente sobre o assunto e explicou que andou algum tempo sem perceber o que se tinha passado, algo que assegura ser típico dos predadores sexuais. “Encurralam as suas vítimas e manipulam-nas sexualmente”, afirmou.

Estes episódios tristes e violentos resultaram numa depressão profunda e Ashley acabou por se tornar numa adolescente instável que teve de mudar de colégio 13 vezes, até aos 18 anos de idade.

Os pensamentos suicidas tornaram-se cada vez mais frequentes, até porque enquanto a actriz se afundava a sua irmã, Wynona Judd, ia começando uma sólida carreira ao lado da mãe.

Ashley sentia-se impotente, injustiçada e infeliz. O mundo parecia desabar sobre os seus ombros e só em 2006 parece ter descoberto a cura para ultrapassar todos estes traumas, numa clínica no Texas. “Morria se não fosse isto”, confidenciou a bela actriz, que é casada, desde 2001, com o piloto escocês das ligas Indy e NASCAR, Dario Franchitti.

Apesar de não esquecer tudo o que viveu, Ashley Judd aprendeu a canalizar todas estas más experiências para algo bom e, actualmente, é uma fervorosa militante feminista, que apoia várias causas humanitárias.