Em 2015, a GNR registou 143 crimes de burlas com o aluguer de casas de férias, 52 dos quais ocorreram no distrito de Faro, segundo uma nota divulgada hoje por esta força militar.

Relativamente aos concelhos algarvios onde ocorreram os crimes, a GNR destaca os de Albufeira (25), Loulé (14) e Portimão (5). Os restantes crimes ocorreram nos distritos de Braga (13), Aveiro (13), Porto (11) e Leiria (10). As situações foram detetadas no início das férias nos meses de junho (13), julho (35) e agosto (51).

Ao referir que as burlas com o aluguer de casas de férias ocorrem, sobretudo, com anúncios de arrendamento de imóveis a preços apelativos publicados na internet, a GNR aconselha as pessoas a desconfiarem de anúncios com preços abaixo do valor praticado no mercado e a verificarem se a casa a alugar não está referenciada em burlas anteriores. Apela ainda às vítimas de burla para que denunciem os crimes.

De forma geral, estes anúncios fornecem um número de telemóvel que só está disponível no primeiro contacto telefónico, no qual é solicitada a transferência bancária de um determinado montante como "sinal", refere a GNR, acrescentando que a vítima só se apercebe que foi burlada quando volta a contactar o mesmo número de telefone e verifica que deixou de estar ativo.

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A vítima apercebe-se ainda de que foi burlada quando pretende recolher a chave da habitação ou quando chega à morada que lhe foi fornecida e constata que esta não existe.

Quase 4 mil casos no ano passado

Em 2015, a GNR registou 3.915 ocorrências de burlas, o equivalente a uma média de 327 por mês (ou 11 por dia). Os meses de julho e agosto foram os que registaram mais ocorrências. Perto de 40 por cento das burlas foram cometidas sem contacto presencial e grande parte respeitam a transações comerciais.

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No que respeita às formas de contacto com a vítima, 1.592 burlas ocorreram através da internet (708 relacionaram-se com a compra ou venda de objetos e 112 com o aluguer de casas para férias), enquanto 1.300 foram cometidas através de contacto presencial.

Mais de duzentas burlas (227) foram cometidas com recurso a telefone/telemóvel, 62 com recurso a carta e 45 através de anúncio em jornal, revista ou panfleto.