"Riken Yamamoto, arquiteto e militante social", cria "sociedades harmónicas apesar da diversidade de identidades, economias, políticas, infraestruturas e residências", destaca o texto.

Entre os trabalhos mais notáveis de Yamamoto estão a Universidade Nagoya Zokei, no Japão, concluída em 2022; o THE CIRCLE no aeroporto de Zurique, na Suíça, finalizada em 2020; e a Biblioteca de Tianjin, inaugurada na China em 2012.

O comunicado do prémio indica que Yamamoto foi escolhido "principalmente por nos lembrar que na arquitetura, assim como na democracia, os espaços devem ser criados pela vontade do povo".

"Para mim, reconhecer o espaço é reconhecer toda uma comunidade", afirmou o prestigiado arquiteto nascido em 1945, em Pequim. Após a Segunda Guerra Mundial, emigrou para Yokohama, Japão.

"A abordagem arquitetónica atual enfatiza a privacidade, rejeitando a necessidade de relações sociais. No entanto, ainda podemos honrar a liberdade de cada indivíduo enquanto vivemos juntos no espaço arquitetónico", defende Yamamoto, citado pela organização que dá o prémio.

"Conectado com a sociedade"

O Prémio Pritzker foi criado em 1979 pelo falecido magnata Jay Pritzker e a sua esposa Cindy, para homenagear algum arquiteto cujo trabalho demonstrasse "uma combinação das características de talento, visão e compromisso", afirmou a organização.

"Uma das coisas que mais precisamos no futuro das cidades é criar, por meio da arquitetura, condições que multipliquem as oportunidades para as pessoas se reunirem e interagirem", disse Alejandro Aravena, presidente do júri e vencedor do Prémio Pritzker 2016.

"Ao borrar cuidadosamente a linha entre o público e o privado, Yamamoto contribui positivamente além do mandato para capacitar a comunidade", justificou Aravena.

Tom Pritzker, diretor da Fundação Hyatt, que promove o prémio, destacou que Yamamoto "desenvolve um novo idioma na arquitetura com o qual não apenas cria espaços para as famílias viverem, mas também cria comunidades para que as famílias vivam em conjunto".

"Os seus trabalhos estão sempre conectados com a sociedade. Cultivam a generosidade de espírito e honram o tempo humano", acrescentou.

Yamamoto, que mora em Yokohama, irá receber o prémio em Chicago,  Estados Unidos.

O último vencedor do prémio foi o britânico David Chipperfield.