A vantagem da reflexologia das mãos é que pode ser praticada em qualquer lugar ou situação: em pé, na pausa para o café, etc. Para além disso, a reflexologia das mãos é extremamente benéfica: induz ao relaxamento, estimula o sistema imunológico, auxilia na eliminação de toxinas, melhora a circulação e as funções mentais, aumenta os níveis de energia, e muito mais.

A reflexologia, também chamada de zonaterapia, é baseada na crença de que cada parte do corpo está representada sobre as mãos e os pés e que a pressão sobre áreas específicas das mãos ou dos pés pode ter efeitos terapêuticos noutras partes do corpo.

Os proponentes alegam que o corpo é dividido em dez zonas, que começam ou terminam nas mãos e nos pés, e que cada órgão ou parte do corpo é "representado" nas mãos e nos pés. Os proponentes também alegam que anormalidades podem ser diagnosticadas sentindo os pés, e que pressões sobre cada área podem estimular o fluxo de energia, sangue, nutrientes e impulsos nervosos para a zona correspondente do corpo.

Nos tempos primitivos as pessoas não faziam distinção entre corpo, mente e espírito, consequentemente, as práticas adoptadas para cuidar do corpo promoviam naturalmente a integridade física, emocional e espiritual. Para elas, a saúde, a "harmonia", dependia do equilíbrio de elementos aparentemente distintos.

Cada ser humano dispõe dos instrumentos mais simples para produzir um equilíbrio harmonioso: a respiração e as mãos. Estes instrumentos são tudo o que precisamos para aumentar a nossa vitalidade física e mental, a qual por sua vez nos ajuda a eliminar as causas básicas de doenças ou "desarmonias".

Apertar a mão é apresentar-se, é firmar um conhecimento. Através das mãos comunicamos a nossa energia, o nosso coração. Em determinadas práticas orientais trabalha-se muito com gestos rituais, das mãos e dos dedos. Fazendo as mãos dançarem, podemos curar uma pessoa.

É verdade que a ponta dos nossos dedos está ligada ao cérebro, a prática de tricotar é uma maneira de apaziguar a mente, porque há um elo entre as mãos e o cérebro. Quando, por exemplo, temos as mãos ocupadas num trabalho manual, quando temos alguma coisa entre as nossas mãos, a nossa mente, a nossa psique, acalma-se. Portanto, podemos considerar as mãos como a verdadeira expressão do cérebro.

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Interligação das mãos e dos pés
Geralmente, recomenda-se a reflexologia das mãos como um tratamento de auto-ajuda. Porém, os tempos estão a mudar e há um crescente interesse no uso da reflexologia das mãos como cuidado básico.

Descobriu-se que, com frequência, a reflexologia das mãos é um tratamento bastante eficaz e, às vezes, os clientes reagem mais rapidamente à reflexologia das mãos do que à reflexologia dos pés.

Nos níveis mais evidentes, as mãos e os pés apresentam semelhanças impressionantes na forma: o corpo da mão e o tarso do pé; o polegar e o dedo grande. Os antigos curadores viram essas semelhanças com o resultado de padrões de energia correspondentes. Consequentemente, as mãos e os pés estão ligados energeticamente.

Os centros das palmas e das solas estão relacionados com o fluxo central principal, a fonte de massa energia vital. Essa energia, que alimenta todas as células do corpo, pode portanto ser harmonizada com as palmas e as solas dos pés. Muitas vezes, as pessoas fecham as mãos inconscientemente; esse simples acto faz com que elas se recuperem do cansaço e da depressão e fiquem revitalizadas.

Mãos fechadas significam muita tensão e stress, ao passo que palmas abertas sugerem um estado de ser mais relaxado. Cada um dos nossos dez dedos pode regular 14.400 funções do corpo, através das mãos podemos enviar a energia para qualquer parte do nosso ser.

O simples acto de juntar a mão direita e a esquerda, pode promover a unidade entre o corpo. Nas mãos e nos pés os nervos e terminais nervosos são forçados a aproximarem-se da superfície e, portanto, ficam mais acessíveis à massagem e à manipulação, induzindo uma anestesia pela pressão.

Esta terapia pode ser empregue sozinha ou associada a qualquer tratamento médico, embora recomendamos consultar um médico de confiança, no caso de sintomas graves ou persistentes.

A localização de pontos específicos é mais difícil nas mãos, assim como o tratamento a partir delas, uma vez que a quantidade de trabalho realizada diariamente pelas mãos as tornam mais desbloqueadas. Os reflexos das mãos e dos pés são correspondentes.

Certas partes do pé são muito mais macias e muito mais sensíveis do que outras. Estas partes sensíveis (doloridas) estão ligadas directamente às diversas doenças. A correlação entre os pontos de pressão das mãos e dos pés e as diversas partes e órgãos do corpo, de acordo com as 10 zonas de Fitzgerald, é mais directa que a acupunctura.

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As dez zonas longitudinais

Segundo a reflexologia, o corpo pode ser dividido em dez zonas longitudinais que percorrem a extensão do corpo, desde a ponta dos dedos do pé até à cabeça e daí até à ponta dos dedos das mãos e vice-versa. Se uma linha imaginária for traçada através do centro do corpo, existirão cinco zonas à direita dessa linha média e cinco zonas à esquerda.

A zona um vai do dedo grande do pé até à perna e do centro do corpo até à cabeça, e a seguir, para baixo, até ao polegar. A zona dois vai do segundo dedo do pé até à cabeça e, a seguir, para baixo, até ao dedo indicador. A zona três estende-se do terceiro dedo do pé até à cabeça e, a seguir, para baixo, até ao terceiro dedo da mão e assim por diante.

Todos os órgãos e partes do corpo localizados na mesma zona estão relacionados entre si. Se qualquer parte desta zona for estimulada pela mão, toda a zona ao longo do corpo será afectada.

Zonas transversais

A reflexologia também divide as mãos (e os pés) em secções transversais ou horizontais:
- Linha do diafragma
Na mão está localizada logo abaixo da área da polpa, sob os dedos. Todos os órgãos acima do diafragma do corpo encontram-se nesta zona.
- Linha da cintura
Vai da base da membrana entre o polegar e o dedo indicador, onde o polegar se liga à mão, cruzando-a.
- Linha pélvica
Esta linha circunda o punho.
As zonas transversas e as zonas longitudinais ajudam a descrever a posição dos reflexos nas mãos.

Estrutura óssea da mão

A mão é constítuida por 27 ossos:
- 8 carpais (ossos do punho), dispostos em duas fileiras - São conhecidos como trapézio (de quatro faces), trapezóide (de quatro faces), capitato, hamato (em forma de gancho), escafóide (como um bote), semilunar (semelhante à lua crescente), triquetral episiforme (em forma de ervilha).
- 5 metacarpais, que formam a palma da mão. As cabeças desses ossos constituem o nó dos dedos.
- 14 falanges, que são os ossos dos dedos e do polegar. O polegar possui duas falanges, enquanto os dedos dispõem de três.
Os ossos da mão e do punho são mantidos no lugar por um grande número de músculos, tendões e ligamentos. Há um grande número de terminações nervosas nas mãos, o que as torna muito sensíveis.

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Técnicas de aplicação

Na reflexoterapia, o polegar humano é o mais importante dos instrumentos mas, por vezes, de acordo com a zona, haverá ocasiões em que será necessário usar um objecto mais incisivo. A borracha comum de lápis é óptima para a aplicação de uma massagem localizada profunda.

Os pioneiros da terapia zonal descobriram, logo no início dos seus estudos, que uma modalidade de pressão mais constante sobre os dedos da mão era ideal para determinados problemas. Além dos elásticos e da borracha, os pregadores de roupa também podem ser usados para a aplicação de uma pressão forte, e os pentes de alumínio são perfeitos para se pressionar uma região ampla dentro das mãos de acordo com as zonas reflexas.

O primeiro contacto entre as mãos do terapeuta e do cliente é muito importante, antes de se iniciar o procedimento propriamente dito, é fundamental examinar as mãos visualmente. É impressionante vermos o que as mãos podem revelar. Uma pessoa saudável terá mãos que apresentam boa cor, pele sem manchas e um bom tónus muscular.

As mãos devem mostrar-se agradavelmente aquecidas, mas sem humidade e viscosidade excessivas. As unhas devem ter aparência forte e saudável. Qualquer anormalidade indica um desequilíbrio de uma ou mais zonas reflexas. Por exemplo, se houver uma verruga ou alguma pele dura localizada sobre a face externa do polegar, isso poderá indicar um problema de pescoço.

Inchaço em torno dos punhos indica um desequilíbrio do sistema linfático, já que a área reflexa pélvica linfática se localiza em torno do punho. As técnicas de relaxamento ajudarão a colocar o terapeuta e o cliente à vontade e a estabelecerem uma relação de confiança.

Um tratamento de reflexologia normal deve ser iniciado com dez minutos de técnicas de relaxamento e finalizado com a aplicação de mais alguns minutos destas técnicas. Fica de seguida o exemplo de algumas técnicas básicas.

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Contra-indicações
Embora a reflexologia seja uma forma de terapia muito segura, há algumas situações em que o tratamento não é aconselhável ou certos cuidados devem ser considerados.
Para qualquer problema grave de saúde que esteja a ser tratado por um médico. O cliente deve consultar o médico sobre a prática da reflexologia - em geral, ela é admissível.
Febres – revelam que o corpo está a eliminar toxinas. O tratamento de reflexologia pode libertar mais toxinas no sistema. Deve-se esperar até que a febre tenha baixado.
As doenças contagiosas de pele, como a sarna - (condições como eczema e psoríase não são contagiosas).
Trombose ou flebite profundas numa veia – um coágulo pode mover-se.
Após cirurgias – a pesquisa revela que a reflexologia pode ajudar o corpo a recuperar-se mais rapidamente, mas só um tratamento leve deve ser ministrado nas primeiras semanas após a cirurgia.
Gravidez – a reflexologia das mãos não é recomendada para os três primeiros meses quando há um histórico de aborto.
Evitar cortes, cicatrizes, contusões, ferimentos, veias varicosas severas ou quaisquer outras áreas dolorosas ao toque.
Calosidades – usar pressão suave se estiverem sensíveis.
Deve-se ter cuidado em relação ao reflexo do pâncreas quando se tratar um diabético.
Usar menos pressão quando tratar um diabético, já que a pele por ser mais fina, mais frágil e demora mais tempo a cicatrizar.
Idosos – usar tratamentos mais leves, pois em geral a pele tende a ser mais fina e as mãos podem sofrer de osteoporose (ossos frágeis) ou artrite.
Crianças – requerem uma pressão leve – quanto mais novas, menos tempo de tratamento precisam.
Doença terminal – usar pressão suave.
Área do coração – será necessário cuidado com o reflexo do coração se houver problemas cardíacos.

Bibliografia: “Reflexologia das Mãos” de Denise Whicello Brown - Dinalivro
Fotografias: “Vencer el estrés” de Jane Campsie - Dinalivro; “Reflexologia das mãos” de Denise Whichello Brown – Dinalivro
Agradecimentos: Zilda Vieira de Sousa, professora de reflexologia, terapeuta, Presidente do Centro Brasileiro de Reflexologia; Luis Camarinha Matos, doutorado em Engenharia Informática.

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