A Lua Cheia em Touro e o eclipse lunar vêm ajudar-nos a reconhecer as nossas forças. E, para que isso seja possível, ela irá primeiro pôr a descoberto as nossas fraquezas, para que sejamos capazes de reconhecer aquilo que despoleta as nossas inseguranças. Se soubermos aprender bem a lição, seremos capazes de manter a calma e a estabilidade da próxima vez que a vida nos apresentar uma tempestade.

A Lua Cheia em Touro - o efeito de uma fase lunar faz-se sempre sentir nos dias que a antecedem e que lhe sucedem - traz uma energia instável, que pode trazer ao de cima assuntos que vinham a fervilhar dentro de si há já algum tempo. Os eclipses lunares precipitam os acontecimentos e despertam sentimentos que estavam escondidos.

Quando alguma coisa vem perturbar a nossa estabilidade, tendemos muitas vezes a ser reativos, a assumir uma postura defensiva ou, por outro lado, tendemos a fugir, escondendo-nos daquilo com que somos confrontados.

Há alturas em que somos apanhados de surpresa e temos de agir da forma que nos parece ser a melhor, naquele momento. Porém, também há situações em que vamos recebendo algum tipo de aviso que nos alerta para o facto de estarmos a entrar numa situação que pode revelar-se perigosa ou desafiante.

Quando isto acontece, é necessário saber parar e encontrar o nosso centro antes de entrarmos "na tempestade". Se não o fizermos, corremos o risco de nos deixarmos arrastar pelas situações, o que nos deixa impotentes e, quando isso sucede, o ego tende a querer assumir o controlo, como forma de auto-defesa. E quando o ego assume o controlo, torna-se mais difícil ver as coisas como ela são - a nossa atenção foca-se na "sobrevivência", procuramos defender-nos a todo o custo, ainda que isso nos faça magoar os outros e dizer coisas nas quais na verdade não acreditamos.

Todos nós temos os chamados "detonadores interiores", aqueles botões que, quando são pressionados por alguém ou por alguma circunstância, nos fazem reagir de uma forma instintiva, quase irracional. Acontece a toda a gente e pode acontecer com frequência se não soubermos detetar a tempo os sinais que nos fazem perder o controlo e a razão.

A Lua Cheia em Touro convida-nos a voltarmo-nos para dentro de nós até encontrarmos o ponto onde reside a nossa calma e a nossa segurança. Consegue encontrá-lo facilmente no seu dia-a-dia? Consegue manter o seu centro e o seu equilíbrio? Consegue deixar que as situações sigam o seu curso natural?

É preciso ir dentro de si próprio para encontrar estas respostas. Não pergunte à Lua, nem ao Céu, nem ao Universo - é a si próprio que precisa de perguntar o que precisa de fazer para manter e ampliar este ponto de calma dentro de si.

As Luas Cheias tendem a aumentar aspetos da nossa vida, fazendo-nos vê-los melhor, como se fossem ampliados por uma lupa. Elas ajudam-nos, assim, a compreender melhor os nossos mecanismos e perceber como podemos perdoar, agir melhor e reconstruir aspetos da nossa vida que deixámos de parte.

A verdade é que a vida vai sempre trazer-lhe tempestades. Não podemos fugir-lhes e nem sempre podemos esconder-nos delas. Por isso é tão importante estarmos preparados para enfrentá-las. Quanto mais estiver alinhado com a sua verdade interior, quanto mais acreditar em si próprio e quanto mais se amar a si próprio, maiores hipóteses terá de saber superá-las.

Todos temos as nossas fraquezas, mas podemos fortalecer outros aspetos da nossa personalidade. Todos temos detonadores, mas podemos aprender a desativá-los.

A energia da Lua Cheia em Touro com eclipse lunar incentiva-nos a encontrar a nossa estabilidade e a nossa calma, para que possamos erguer-nos, silenciosamente, e enfrentar de pedra e cal seja o que for que a vida nos trouxer, hoje, amanhã, no próximo mês.

Esta Lua Cheia põe em destaque a necessidade de calma e lembra-nos que quando estamos calmos somos fortes.

Esta força ajuda-nos a reagir, a responder e a receber num nível vibracional mais elevado, sem deixar que algo perturbe o nosso equilíbrio energético. Manter a nossa calma e o nosso centro faz também com que qualquer energia negativa que nos seja enviada seja repelida.