Relaciona-se com a capacidade de distinguir “isto” de “aquilo” e relacionar as experiências da vida com um parâmetro de ideias pré-concebido. Tem a ver, por isso, com a razão, o desenvolvimento da mente, a elaboração de teorias, o senso de justiça, a capacidade de avaliar objectiva e impessoalmente as situações e as pessoas, a capacidade de transformar as realidades vivenciais em conceitos e palavras para as tornar comunicáveis.

Sem o Ar, não entenderíamos nada do mundo e não seríamos capazes de pensar ou comunicar nada da nossa subjectividade e experiência. O Ar é quem “põe em relação” ideias, conceitos, pessoas, e é por isso o Elemento da sociabilidade e das trocas mentais. Viver “com a cabeça no ar” é estar prisioneiro de uma mente inquieta, fabricando pensamento atrás de pensamento, perdendo contacto com a realidade do aqui-e-agora.

É o Ar que nos dá a capacidade de sermos objectivos, imparciais a respeito experiência imediata da vida quotidiana. Objectividade, perspectiva, capacidade de abordar racionalmente tudo o que faz. O desapaixonamento do Ar habilita a trabalhar com todo o tipo de pessoas, porque não se envolve intensamente com as preocupações ou com as emoções dos outros. Só ele tem a capacidade de apreciar objectivamente os pensamentos dos outros, mesmo que não concorde com eles.

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Daí os signos de Ar serem conhecidos pelo seu potencial mental, relacional e de objectividade. Gémeos comunicativo, rápido, inteligente e versátil, com talento para escrever, falar, ensinar mas sem direcção ou profundidade. Balança virado para as relações interpessoais, justo, diplomático, com sentido de harmonia e de justiça mas com dificuldade em optar e comprometer-se com uma escolha. Aquário, o signo dos intelectuais, que ‘vê’ muito mais longe do que os outros mas que prefere fechar-se na sua torre de marfim com a sua visão do que aceitar ser com os outros e partilhar com eles um projecto de grupo.

No seu pior, o Ar carece de emoções profundas e da aceitação das limitações do corpo físico. Valoriza excessivamente a competência intelectual e o conhecimento pelo conhecimento, sem perceber que acumular informações que não nos devolvem um sentido para a vida é ser estéril, árido, é matar a vida e filtrá-la através de palavras, conceitos, ideias mortas e sem vida. É ter a ilusão que se conhecem as coisas se lhes soubermos o nome. É ser como um burro, carregado de livros

Nuno Michaels

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Convidado: Nuno Michaels

Nuno Michaels é conselheiro astrológico, Life-Coach e professor de Astrologia Psicológica no QUIRON - Centro Português de Astrologia. Orienta grupos em Lisboa, Porto e Faro e mantém, desde Janeiro de 2009, uma rubrica semanal sobre Astrologia, Espiritualidade e Desenvolvimento Pessoal no Rádio Clube Português.
Mais sobre o seu trabalho em www.nunomichaels.com

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