Feliz Páscoa!

O 5.º Império, pode dizer-se, é a consciência graálica, espiritual, a idade (ainda utópica, mas nem por isso menos verdadeira) da fraternidade, da consciência universalista - versus Uno. É essa a Missão de Portugal/Porto-Graal, a reverência das almas, a fraternidade que nos conecta e que transforma o mundo.

Precisamos ter indícios do futuro, para melhor navegar o agora. A próxima vinda do Redentor, o Maytreia, ou Buda Branco ou Cristo aquariano, dizem, será sem sofrimento. Será a concretização da aliança – o espírito (masculino) e o cálice (feminino); o andrógino.
Portugal como “alquimista” que une as polaridades, pela sua capacidade de miscigenação, é o Caminho do Meio entre o Oriente e o Ocidente. Como tal, é uma ponte, Pontifex – talvez a essência do Quinto Império, o Quinto Elemento, o Éter ou Espírito.

Esta Lunação tem um enorme poder de transformação. Ou é a lei da espada, a guerra e a violência, ou o sentimento universal neptuniano que nos pode converter a uma maior/melhor humanidade: Neptuno rege esta lunação, todas as águas deste eclipse desaguam neste arquétipo de universalidade.

Para sair do nevoeiro, da confusão, da inconsciência, é mister lembrarmo-nos de quem somos, do propósito, e dar passos, caminhar, porque é hora.

Uma Lua cheia é uma ponte entre o Sol, o espírito oculto, e a Lua cheia, bem visível; neste caso, eclipsada, pede uma especial atenção à iniciativa, às tomadas de consciência que iluminam, esclarecem as nossas ações.

Agir e não reagir, transformação do instinto cru, agressivo, básico, cozido pelo fogo da consciência.

Marte já está em Peixes, pede que a Guerra Santa seja no sentido da visão de que “todos somos irmãos” filhos do mesmo Pai Espírito e da Mesma Mãe Terra/Encarnação. Senão, a Guerra Insan(t)a será a da ignara luta pela supremacia de “o meu Deus que é melhor do que o teu”. Seja ele religioso, ideológico, ou baseado em qualquer diferença pela qual “valha a pena matar”, figurativa e/ou realmente.

Ainda estamos na lunação de Peixes onde o co-regente deste eclipse lunar, Marte estava em Aquário: (um dos seus) mote(s) é a liberdade; mas que liberdade?

A de tentar aniquilar quem pensa diferente, ou a de conhecer as leis para ser livre?

Quem é que é mais livre?

O que faz o que lhe dá na real gana, ou o que é como as galáxias, os planetas, que, obedecendo a uma lei maior, orbitam nas espirais que lhes competem, viajam pelo cosmos, no devir que é sua responsabilidade assegurar?  Se o Sol se lembrasse - pela sua liberdade – de dizer: “hoje não acordo”, havia de ser bonito…
Vénus, co-regente do eclipse, em conjunção a Saturno, pede particular atenção à responsabilidade para nos relacionarmos o melhor que soubermos.

Para haver progresso e bem-estar, têm que haver alianças; para estas, têm que haver compromissos; para estes, tem que haver disciplina.

“A minha liberdade acaba onde começa a dos outros,” o que significa, ao certo? Que (apenas) tolero outrem, ou que respeito?

Este eclipse traz importantes ensinamentos - e oportunidade de cura - sobre as corretas relações humanas.

Tão necessitados estamos disto. Balança, onde está a Lua eclipsada é o signo das relações, que são espelhos onde nos podemos ver, reconhecer e integrar.

Sendo todos espelhos das nossas mútuas luz e sombra, podemos, pela (poética) do encontro humano, aprender a educar o olhar e o coração, para o nós (eu e o outro).

O eixo deste eclipse é o do ascendente-descendente, a alquimia horizontal da Cruz que no mapa astral, importa fazermos. “Eu, sou aquela que acende contigo”… que fogo?

Todos os que podem ser ateados pela dinâmica das relações conscientes. Pelo amor. Este processo é uma iniciação fundamental para a realização do outro braço da Cruz, o vertical, do Imum Coeli (Fundo do Céu) ao Medium Coeli (Meio do Céu): da imanência à transcendência, a matéria iluminada pelo Espírito que a habita.

Mas antes de sabermos que somos (todos) Deus/Deusa, temos que saber quem somos… uns com os outros.
Saturno (cuja exaltação está em Balança) conjunto a Vénus nesta lunação, favorece este amadurecimento e processar relacional. Vénus regente deste eclipse lunar está agora exaltada em Peixes: todas as coisas venusinas têm agora um momento importante para se assumirem, na celebração devocional da vida, na partilha da beleza como atributo divino, na comunhão das almas recordando-se de se reverenciar mutuamente.

Aqui na Indonésia onde agora me encontro, sinto isso mesmo neste povo: que não esquecerem a reverência com que as almas se devem saudar. Saúdam-se muitas vezes, levando a mão direita ao coração…
Aqui, estamos em tempo de Ramadão, da depuração sacrifical do ser, da renovação da fé, da prática mais intensa da caridade, e vivência profunda da fraternidade e dos valores familiares.

Tive no domingo, o privilégio de participar no Holi, a festa hindu sagrada das luzes, da primazia da vida sobre as trevas.

E em plena Semana Santa, a Páscoa, reflete também esta renovação tão bem simbolizada pela Lua cheia com eclipse lunar.

Considero o eclipse solar de 8 de abril, a Lua nova de Carneiro, o verdadeiro início da energia do novo ano astrológico. Quando poderemos sentir maior energia renovadora disponível para o recomeço, logo, para iniciar ações (embora Mercúrio vá retrogradar nessa altura…) E ligo fortemente esta estação de eclipses e ativação de Carneiro, ao que virá em 2025 e 2026, com a entrada de Neptuno e Saturno (conjuntos) neste signo inaugurando uma nova era. É bom começarmos já a antecipar limpezas!

Nesta temporada entre eclipses, estamos no meio de um vórtice onde portas se fecham e outras se vão abrindo e atraindo-nos. É tempo de libertação, de depuração, de processar o que nos foi mostrado. Libertar sobretudo os assuntos relativos à parte do nosso Mapa Astral onde temos Balança.

Este processo de libertação continua pelo ano adentro, pois em 2 de outubro temos novo eclipse em Balança.

Agora em março temos o eclipse conjunto ao Quíron, que nos pede que avancemos – Carneiro – na direção que sentirmos que melhor serve o Espírito; o que é que o Universo/Vida/Deus-Deusa, quer de mim?...

É aí que está o verdadeiro crescimento. Mesmo que a mudança seja stressante, é sagrada.

Felizes e abençoadas Páscoa e todas as Festas Divinas.
Com amor,
Vera Leal FemininoConsciente EViagens

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