Começa a contagem regressiva: o prazo para a submissão de candidaturas à sexta edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde está a esgotar-se. Em entrevista ao HealthNews, a Diretora Médica da MSD Portugal realça a importância do Prémio, defendendo que os jovens médicos “são capazes de transformar o mundo”. Os projetos candidatos devem ser apresentados até dia 02 de maio, no site do Prémio MSD de Investigação em Saúde.

HealthNews (HN)- A MSD está a promover mais uma edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde. Qual a importância e impacto do prémio a nível nacional?
Paula Martins de Jesus (PMJ)- Esta é a sexta edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde. De facto, a investigação está no ADN da MSD. Acreditamos que se trata de uma vertente prioritária para o desenvolvimento da Ciência, podendo curar e cuidar a sociedade. Portanto, sendo a Ciência parte do nosso ADN, não seria de todo possível esquecer que temos de apoiar os jovens médicos no início da sua carreira. É aqui que vão precisar de ajuda e é aqui que nós vamos colmatar alguma falta de investimento que existe na investigação em saúde, em Portugal.

HN- Este é um Prémio direcionado a Instituições de prestação de Cuidados de Saúde ou Instituições Científicas sem fins lucrativos, que contenham equipas de trabalho constituídas por Médicos Internos e Especialistas. Qual a importância de promover precocemente a investigação nos jovens médicos?
PMJ- Há um grande desafio acerca do que é Medicina. É uma Ciência ou uma Arte? Ou ambas? Sendo o médico um indivíduo que está capacitado para desenvolver a ciência com uma enorme capacidade de o fazer com arte, é nisso que queremos apostar, nos jovens médicos. É por isso que o propósito deste prémio é estimular a Ciência, estimular os jovens médicos a fazerem cada vez melhor, a darem o melhor de si e a fazerem avançar a Ciência e a Saúde para a nossa população.

HN- Um médico que faz investigação é um médico que está mais bem preparado para prestar cuidados de saúde diferenciados e de maior qualidade?
PMJ- Um médico que tenha no seu portefólio de capacidades as competências do método científico é um profissional que claramente estará mais preparado para ser capaz de exercer enquanto médico assistencial. Na MSD, acreditamos que um médico deve ter as vertentes de medicina assistencial e a investigação muito bem desenvolvidas. O médico deve ter a sua curiosidade aguçada, tem de ter a capacidade de questionar, de lançar hipóteses e de as testar para depois poder ser capaz de fazer mais e melhor.

HN- Significa que os doentes também beneficiam da “curiosidade” e proatividade do médico que quer fazer investigação…
PMJ- Sem dúvida. Isso permite que o médico evolua e preste melhores cuidados aos seus doentes, portanto estes só podem sair beneficiados com esta atitude.

HN- Voltando ao Prémio. Todos os anos, são inúmeras as candidaturas que são apresentadas ao prémio. Quais os principais critérios de seleção dos melhores projetos?
PMJ- Passaram-se cinco edições e temos cerca de 350 candidaturas avaliadas por um júri de excelência que nos acompanha desde a primeira edição. Sem eles seria impensável implementar este prémio. Mas quais são os critérios de seleção dos melhores projetos? São o objetivo e a metodologia do projeto que está a ser submetido, o caráter inovador e a exequibilidade… podem ser ideias inovadoras, mas que não é possível pôr em prática. Portanto, este fator é fundamental. Por último, o projeto deverá ter impacto visível e mensurável na sociedade. Este ano, as candidaturas decorrem até 2 de maio e os protocolos de investigação podem ser submetidos para análise diretamente no site do prémio.

HN- Quais as vossas expectativas para esta próxima edição?
PMJ- O nosso foco não é o número de candidaturas. Obviamente é importante, porque queremos estimular a capacidade, o conhecimento, as competências de investigação e a motivação, mas o que queremos mesmo é criar um impacto na sociedade. Queremos que os médicos tenham ideias, sejam inovadores e que pensem no impacto para os seus doentes. Portanto, o nosso propósito é fazer acontecer a Ciência. Contamos ter candidaturas excelentes e que estejam focadas em fazer a diferença.

HN- Qual a mensagem que gostaria de deixar aos médicos interessados em submeter a candidatura?
PMJ- Gostaria de dizer aos jovens médicos que vocês são fantásticos. Há um percurso que fizeram na vossa carreira enquanto estudantes, agora são internos de especialidade e podem fazer acontecer a Ciência e a Saúde. Vocês podem ter um impacto imenso na sociedade portuguesa, na Europa e no mundo. Nunca deixem de se questionar, de fazer avançar a Ciência, de acreditar em vocês mesmos e de acreditar que são capazes de transformar o mundo.

Assista ao vídeo da entrevista Aqui.