Os números são alarmantes e não param de crescer. Desde 2000, cerca de 61.000 ataques terroristas em várias partes do mundo já mataram mais de 140.000 pessoas. Em 2016, o número de seres humanos que perde a vida em consequência de atos tresloucados aumentou cerca de nove meses. Segundo o Institute for Economic and Peace (IEP), que elabora regularmente um índice do terrorismo mundial, em novembro de 2015 atingiu-se um nível histórico.

De acordo com este organismo, dois dos maiores grupos terroristas internacionais são responsáveis por cerca de metade das mortes, sendo que o Boko Haram da Nigéria já tinha superado, nessa data, o Daesh, afeto ao autoproclamado Estado Islâmico. Em 2014, em 453 ações terroristas, os nigerianos foram responsáveis por 6.644 mortes. 77% das vítimas eram civis. No mesmo período, 1.071 ataques do Daesh resultaram em 6.073 mortos e 5.799 feridos. 44% das vítimas mortais eram civis.

O ranking do Global Terrorism Database, elaborado pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos da América, revela ainda que, desde 2001, o Iraque tem sido o país que mais tem sofrido com este tipo de ações, com o número de vítimas mortais a ultrapassar as 49.083. Em segundo lugar, surge o Afeganistão, com 20.169. O Paquistão (16.472), a Nigéria (12.698) e a Índia (7.463) completam o top 5, que não integra ainda os dados referentes a 2015.

Texto: Luis Batista Gonçalves