Michele Obama nasceu e cresceu num bairro pobre de Chicago, de onde saiu para estudar Sociologia e Direito em Princeton e em Harvard. Regressa à sua terra natal para trabalhar num prestigiado escritório de advogados, onde se cruza pela primeira vez com Barack Obama.

A cumplicidade do olhar foi imediata e o amor culminou no casamento em 1992. Mais tarde nasciam Malia e Sasha, as meninas dos olhos do pai que, entretanto, tornou-se o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

Consta que a primeira-dama fez exigências ao marido antes dele aceitar o convite para a candidatura. Uma delas foi que Obama deixasse de fumar, promessa que cumpriu assim que deu início ao “Yes, We Can”.

Michelle manteve-se a seu lado, não na qualidade de mulher, mas de mãe e foi com essa postura que conquistou o coração das norte-americanas. Sobre o seu papel diria mais tarde “Não sou uma conselheira sénior.”

Até porque esta não foi a primeira campanha da primeira-dama. Durante a corrida de Obama para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, perguntaram-lhe que proveitos tinha retirado da campanha, ao que respondeu, para espanto de todos, que tinha apreciado visitar tantas salas de estar, pois tinham-lhe dado novas ideias de decoração.

É assim Michelle Obama. Franca e directa, colocando acima de tudo e de todos, a sua família com demonstrações públicas de carinho. O presidente norte-americano retribui-lhe as atenções que não passam despercebidas pelas objectivas dos fotógrafos.

Quem não se recorda do episódio em que Obama interrompeu uma entrevista em directo para limpar o excesso de batom de Michelle ou dos Natais na Casa Branca ou do cão de água que ambos ofereceram às filhas quando se mudaram para Washington…

Ou mesmo quando no arranque da campanha eleitoral, o Mundo ficou a saber, pela voz de Michelle, que Barack é, afinal de contas, um homem como outro qualquer: ressona, tem mau hálito matinal, nunca guarda a manteiga no frigorífico e espalha as meias pela casa.

Michelle Obama tem vindo cada vez mais a conquistar não só os norte-americanos, mas o mundo inteiro, assim atesta a sua subida no ranking da Forbes como a mulher mais poderosa do Mundo.