Mais de 200 figuras públicas, representantes de todos
os quadrantes da sociedade portuguesa, assinaram uma
petição a solicitar ao Governo uma campanha nacional de
esterilização de cães e gatos.

O documento que reivindica uma alteração na política que tem vindo a ser desenvolvida nesta área já foi entregue
ao ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural
e das Pescas, António Serrano.

Voluntários do movimento e um grupo de signatários,
que integra nomes como o da campeã olímpica Rosa Mota, da directora do
Museu Casa das Histórias Paula Rego em Cascais, Helena Freitas, e o
presidente da Opus Gay, o activista António Serzedelo, entregaram a
petição na sede do ministério.

No documento, solicitam uma campanha nacional de
esterilização de cães e gatos, coordenada pela
Direcção-
Geral de Veterinária, em alternativa à política actual de
abates indiscriminados nos centros de recolha municipais.
Entre os subscritores da petição figuram dezenas
de deputados de partidos com assento parlamentar,
o presidente da Câmara Municipal de Cascais, António
Capucho, a eurodeputada Edite Estrela, a artista plástica
Joana Vasconcelos, o empresário Francisco Balsemão, o
administrador da Fundação Gulbenkian, Marçal Grilo ou ainda o
procurador-geral adjunto, António Cluny.

Estima-se em mais de 100 000 os cães e gatos abatidos
anualmente no nosso país. «A experiência de outros países europeus, mais avançados,
permite concluir que só a esterilização dos animais
errantes e negligenciados oferece solução sustentável para
o problema porque adequa o número de cães e de gatos
aos donos responsáveis e elimina a procriação indesejada», refere o documento.

«A esterilização com recurso às infra-estruturas e médicos
veterinários municipais e à colaboração de privados,
graciosamente ou a preços reduzidos, também é a solução
mais económica, aliviando, ainda, a responsabilidade do
Estado a médio e longo prazo», defendem os signatários. Para mais informações, vá a http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com.