As possíveis causas do cancro da mama por quem já o teve
créditos: Pedro Loureiro

A gravidez «não foi tranquila», o Martim «nasceu prematuro» e a «mexida hormonal» no corpo todo pode ter causado uma propensão para o cancro da mama que, dois anos e meio depois, atingiu Rita Torres. O stress e a vida agitada também não ajudaram.

«A pessoa tem de parar para pensar e descansar. É óbvio que, quando somos mães, pensamos que não temos tempo, mas temos de arranjar tempo. Nem que seja meia hora, uma hora por dia. Não é uma questão de egoísmo, é uma questão de saúde mental», defende Rita, dez anos volvidos de uma luta que a levou duas vezes à sala de operações, primeiro para a remoção do tumor e depois para a reconstrução mamária. No meio, anos de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

«É óbvio que houve alturas em que olhei para o espelho e não me reconheci. Não era eu! Sempre usei cabelo comprido e ver-me sem cabelo foi um drama. O estar mais gorda também foi um drama. Mas depois pensava: “Estou a preocupar-me com isto para quê? Primeiro eu tenho é de estar viva e depois o resto logo vem”», lembra Rita para quem a prevenção é o mais importante.

«Temos de espiolhar cada cêntimo do corpo. No duche, calmamente», aconselha, acrescentado: «Na minha opinião, a partir do momento em que a pessoa tem um filho, como há uma grande mexida hormonal no organismo todo, é importante fazer os exames. Nem que seja, o auto-exame no duche. É muito importante. A base de tudo é a prevenção».

Texto de Rita Leça

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