Emagrecer, passar a ir ao ginásio ou deixar de fumar são os exemplos mais flagrantes, que na maioria das vezes acabam por não acontecer, pelo menos da forma como desejámos inicialmente.

Não temos a pretensão de dizer o que se deve ou não fazer. Queremos apenas alertar para coisas básicas que podem realmente fazer diferença nas nossas vidas e nas daqueles que quem gostamos e que, pensando bem, não custam nada.

1€ por dia, para a caixinha

A necessidade de poupar está na ordem do dia. Do orçamento doméstico às notícias que vemos na televisão, a necessidade de poupança é uma constante. Para reduzir dívidas, para poupar para a educação dos filhos, para um jantar fora uma vez no mês, para uma viagem de férias, ou simplesmente para ter uma almofada de conforto quando e se for preciso.

Um Euro por dia, colocado naquela caixinha da reserva, dá-nos uma folga anual de 365€. Numa casa onde viva um casal são 730€ ao fim do ano. Se de vez em quando mimarmos a caixinha com mais uns pozinhos, melhor ainda. Por exemplo, esvaziar os bolsos de todas as moedas pretas; ou colocar lá o valor de uma compra supérfula que tivemos a força de vontade para não fazer. Passado um ano, podemos conseguir chegar aos 4 dígitos de poupança, sem ter custado nada. Umas férias simpáticas num destino diferente, os livros da escola dos filhos assegurados sem stress ou acabar com uma dívida antiga irritante são apenas alguns exemplos de como gastar essa poupança. Certamente não faltarão ideias.

Fazer o que me apetece… às vezes!

Nem todos nos podemos dar ao luxo de fazer exactamente aquilo que gostamos, a nível profissional, familiar, social ou, simplesmente, sozinhos. Obrigue-se a mimar-se fazendo coisas que realmente lhe dão prazer. E atenção, isto não implica necessariamente gastar dinheiro!

Vestir uma roupa excêntrica sem se preocupar com o que os outros pensam; passar um fim-de-semana inteiro de pijama sem fazer absolutamente nada; deixar o telemóvel em casa; cantar em público um “pecado musical”; pegar na cara-metade e desaparecer por umas horas… ou mesmo dias, sem dar explicações a ninguém. Há coisas que nos dão tanto prazer e que acabamos por nunca por em prática. A verdade é que nos faz tão bem à alma e não faz assim tanto mal ao que nos rodeia. Mas, caríssimos leitores, atenção que o bom sendo deverá sempre imperar!

Passar mais tempo com a família e com os amigos

A correria do dia-a-dia por vezes impede-nos de ver que há coisas mais importantes que os nossos objectivos profissionais. Nada, pelo contrário, contra o profissionalismo, a carreira e a realização profissional. Mas nunca lhe aconteceu perceber mais tarde que “afinal aquele serão não foi assim tão necessário”? Estes são daqueles momentos que devemos dedicar a quem realmente gosta de nós, que nós também gostamos, mas que nos habituamos a pensar que “amanhã também é dia”. E os amanhãs vão passando com prioridades por vezes trocadas.

Para um pai ou uma mãe, o pior que se pode ouvir de um filho que vive connosco todos os dias possivelmente será "Mãe/Pai… tenho saudades tuas…”. Esta é uma dica apenas para nos fazer pensar e, se possível, agir e reagir.

Exercício físico e uma alimentação... um bocadinho… mais saudável

Um clássico! Podíamos apostar sem errar muito no número de pessoas que tem como resolução de ano novo passar a ir ao ginásio ou fazer dieta. Para não falhar, não é preciso tanto. Há pequeninas coisas que podemos fazer todos os dias ou de vez em quando que já ajudam bastante. Ao fim-de-semana, podemos descer ou subir as escadas em vez de apanhar o elevador; não estamos tão cansados e estaremos mais disponíveis. Ir a pé à mercearia ou fazer uma caminhada uma vez por semana não custa assim tanto. Se experimentarmos, tomamos-lhe o gosto e passa a rotina.

Ao nível da alimentação há um número infinito de opções que não doem mesmo nada. Reduzir levemente a manteiga que se põe na torrada; não comer sobremesas doces todos os dias; substituir uma ou outra refeição pesada por uma boa sopa; ou comer 2 em vez de 3 fatias de pão ao pequeno-almoço são apenas alguns exemplos.

Ler… qualquer coisinha

É um facto inquestionável que ler faz bem. Ajuda a manter a nossa capacidade de escrita e de expressão, contribui para a nossa cultura geral e pode até ser um acto de relaxamento. Mas quem não tem hábitos de leitura, não é fácil de os adquirir. Não precisa de se obrigar a ler um livro de 500 páginas, pois a leitura tem também que ter a sua componente de prazer. Pode começar por ler livros curtos, comprar o jornal ao fim-de-semana ou tirar 10 minutos por dia para vir ao portal Sapo saber das últimas notícias. Por pouco que seja, leia qualquer coisa para além do que a sua actividade profissional o obriga ou as legendas de TV. Até banda desenhada Patinhas conta!

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