O segundo dia da 41ª edição da ModaLisboa começou bem mais cedo, por volta das 12h com o desfile de Luís Buchinho, intitulado ‘A página em branco’. Esta coleção, já apresentada na semana de moda de Paris. Esta é uma coleção que tem como pano de fundo os sketchbooks, um instrumento essencial no desenvolvimento de novas formas, detalhes e ideias. As assimetrias relembravam folhas dobradas e formas de envelope em materiais com suportes tanto fluídos como estruturados, numa palete de cores neutra.

Por volta das 15h, já com algum atraso teve lugar o desfile de Valentim Quaresma, intitulado ‘Caos’. O designer de acessórios inspirou-se no caos para criar esta coleção, onde era possível ver uma coexistência de formas e estilos. Neste desfile o tribal uniu-se ao futurista para a criação de objectos únicos e extravagantes, bem ao estilo a que já nos habituou Quaresma.

Os Burgueses foi o desfile que se seguiu… A dupla deixou toda a gente ‘abananada’ com uma coleção divertida, cheia de cor e de padrões frutados. ‘Licence to go bananas’ foi o tema da coleção que contou com a criatividade de Sara França, convidada pela dupla para uma parceria nesta coleção. A inspiração dos designers prende-se com o facto de as melhores criações surgirem da liberdade de se poder divagar, ou de apenas ‘viajar na banana’. Esta viagem de Eleutério e Mia teve claramente a predominância do amarelo bana, misturado com azul, vermelho e dourado. Uma coleção arrojada e colorida, a contrastar com a última coleção apresentada pela dupla em março.

Ricardo Dourado foi o designer seguinte a apresentar coleção. ‘Drop the City’ contou com uma palete cromática muito variada: com padrões azulados, azuis e pratas metalizados, rosas claros com efeito esponja e padrões com ossos de dinossauro. O azul foi um dos elementos chaves do desfile, presentes não só nas roupas mas também nos cabelos.

Dino Alves marcou o regresso dos desfiles ao Pátio da Galé, numa sala mais pequena do que a da edição anterior. Numa coleção intitulada de 2D o designer fala de tecnologia e da forma como o excesso de informação nos invade e como o 3D está a ganhar cada vez mais terreno. Dino quis contrariar esta realidade e fazer uma coleção a duas dimensões. O ‘over dress’ foi caracterizado por elementos gráficos e geométricos, numa silhueta que consegue ser larga e justa ao mesmo tempo. A palete de cores utilizada foi bastante extensa e destaque para os acessórios que marcaram a coleção, com especial destaque para as malas.