Você abre o Facebook só para espreitar o que se passa e, quando se dá conta, está ali há horas. Já se perguntou porque lhe acontece isso? Psicólogos da Universidade de Kent, no Reino Unido, fizeram uma pesquisa e descobriram que, quando as pessoas navegam na internet ou usam as redes sociais, elas têm uma “perceção prejudicada do tempo”. E mais: é a criação de Mark Zuckerberg quem mais causa isso.

No estudo, intitulado de Internet and Facebook Related Images Affect the Perception of Time, cientistas tentaram entender como a “atenção” e a “excitação”, sentimentos que permanecem em primeiro plano durante os períodos em que estamos conectados, influenciam a nossa perceção das horas. A conclusão foi que o Facebook faz com que as pessoas percam a noção do tempo – muito mais do que o resto da internet. Mas ambos são capazes de distorcer o tempo.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores monitoraram 44 pessoas. Elas foram expostas a 20 imagens: cinco fotos eram associadas ao Facebook (como imagens do dia a dia de alguém, de casamentos, de viagens etc), outras cinco eram de coisas genéricas da internet (como sites de interesse específico) e as demais eram neutras. Os participantes tinham que auto-avaliar o tempo que passaram a olhar para cada uma das fotos.

A pesquisa mostrou que as pessoas subestimaram o tempo em que ficaram a olhar para as imagens do Facebook – ou seja, elas acreditavam que o momento tinha sido breve, mas não foi. Isso significa que as imagens que retratam as relações sociais causam excitação e, consequentemente, prendem mais a nossa atenção. Isso também explica por que perdemos tanto tempo nesta rede social – o nosso cérebro simplesmente não consegue medir a passagem do tempo quando estamos nas redes sociais.

O próximo passo, segundo os pesquisadores, é estudar como essa percepção do tempo acaba por criar um comportamento viciante. A verdade é que já existem reabilitações para viciados em redes sociais. Será o seu caso?

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