Entre consultas, exames complementares de diagnóstico e urgências, milhões de utentes do Serviço Nacional de Saúde deixaram de ir ao médico por não poderem pagar o valor das taxas moderadoras.

De acordo com os dados de 2016, houve 2,7 milhões de cuidados de saúde que deixaram de ser realizados por causa do preço das taxas moderadoras, avançam a TSF e o Diário de Notícias esta manhã (07/03) com base no referido estudo.

Porém, o trabalho da Nova Information Management School (Nova IMS), da Universidade Nova de Lisboa, indica que mais de um em cada três (38,1%) portugueses considera adequadas as taxas moderadoras praticadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O trabalho da Nova IMS tem vindo a ser feito desde 2014 e todos os anos complementa o anterior com indicadores novos.

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De acordo com o estudo, mais de metade dos inquiridos (50,1%) considera adequados ou muito adequados os valores pagos pelos medicamentos que lhes foram prescritos nos últimos 12 meses, pouco mais do que aqueles que consideram adequada a comparticipação do Estado para a medicação prescrita (49,1%)

Mas a perceção que os portugueses têm da realidade dos valores das taxas moderadoras é na maior parte dos casos errada.

O estudo indica que há uma diferença entre o que os portugueses julgam que custa (11,92 euros) e o que realmente custa (7,00 euros) a taxa moderadora para uma consulta externa/especialidade num hospital público.

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