A propósito desta efeméride, que se assinala na quinta-feira, Fernando Macário disse à Lusa que Portugal tem razões para comemorar o feito.

“Comemorar 30 anos de transplantação cardíaca é uma oportunidade para mostrar a nossa admiração pelo pioneirismo e a coragem da equipa de Queiroz e Melo, numa altura em que a medicina não estava de forma nenhuma tão desenvolvida como hoje”, afirmou.

A 18 de fevereiro de 1986, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, foi transplantado pela primeira vez em Portugal um coração, na doente Eva Pinto, que viveria ainda mais dez anos.

Fernando Macário recorda “o caminho que a transplantação cardíaca fez nos últimos 30 anos e as elevadas centenas de pessoas que puderam beneficiar de um transplante cardíaco”.

“Aquele que necessita de um transplante cardíaco, se não o tiver, vai falecer”, adiantou.

O presidente da SPT considera que este aniversário é igualmente uma oportunidade para celebrar “a grande qualidade com que as unidades de transplantação cardíaca estão a trabalhar em Portugal: Santa Cruz, Santa Marta, São João e o Hospital da Universidade de Coimbra”.

“Podemos celebrar o primeiro transplante que permitiu o arranque, e que foi de uma coragem enorme, e celebrar a forma como trabalham as equipas de transplantação cardíaca, permitindo dar resposta à quase total das necessidades de transplante cardíaco em Portugal”, referiu.

O ano passado, 51 pessoas receberam um coração transplantado.