Segundo estimativas do gabinete oficial de estatísticas da UE, as emissões de CO2 – que representam cerca de 80% do conjunto das de gases com efeito de estufa – apenas baixaram em 11 Estados-membros, incluindo Portugal, que representa 1,4% das emissões do conjunto da UE.

Malta registou a quebra mais representativa das emissões de CO2 de 2015 para 2016 (18,2%), seguindo-se a Bulgária (7,0%), Portugal (5,7%) e o Reino Unido (4,8%).

No extremo oposto, com o maior aumento nas emissões, estão a Finlândia (8,5%), Chipre (7,0%), a Eslovénia (5,8%) e a Dinamarca (5,7%). A Bélgica, a República Checa, a Estónia, a Grécia, a Itália, o Luxemburgo e a Roménia são os outros Estados-membros que reduziram as emissões de CO2 de 2015 para 2016.

Risco de doenças mortais

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 92% da população mundial vive em áreas onde a poluição atmosférica ultrapassa os limites máximos de segurança.

Estudos da OMS mostram que em 2012 cerca de 6,5 milhões de pessoas morrem em todo o mundo devido aos elevados níveis de poluição, gerada pelo uso intensivo e preponderante de automóveis, produção de energia e a forte exploração industrial. O número corresponde a cerca de 11,6% das mortes globais, à frente das vítimas de tuberculose, SIDA e sinitralidades rodoviária.

A OMS aponta para que vários países apresentam um número perigosamente elevado de micropartículas poluentes no ar (como nitrato, sulfato e dióxido de carbono). Estas partículas podem depois concentrar-se nos pulmões ou mesmo entrar na corrente sanguínea, aumentando o risco de infeções respiratórias agudas e doenças não transmissíveis como AVC, cancro do pulmão e doença pulmonar crónica. “A poluição atmosférica continua a afetar a saúde da população mais vulneráveis, especialmente mulheres, crianças e as pessoas mais idosas”, afirma Flavia Bustreo, subdiretor da OMS.