Em declarações à agência Lusa, uma fonte dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) informou “que, após reavaliação, feita às 24:00, dos riscos associados ao ciberataque ocorrido em vários países na terça-feira, foi iniciado o processo de reposição do serviço de e-mail”.

Na sua página da Internet, o SPMS adiantou que vai continuar “atento a toda a situação e em articulação com as outras entidades nacionais, de forma a garantir a segurança nos sistemas informáticos do Ministério da Saúde e, se necessário, adotar e implementar novas medidas preventivas”.

O SNS desligou na terça-feira à tarde o correio eletrónico e Internet como prevenção para o ciberataque em curso em vários países da Europa, mas a medida não afetou os utentes.

Na terça-feira, em declarações à Lusa, Henrique Martins, presidente dos SPMS, explicou que não houve “nenhum problema nem nenhum ataque ao SNS ou instituições da Saúde”, mas, mesmo assim foi considerado “prudente avançar com esta medida cautelar de ter os e-mails e a Internet temporariamente desligados”.

Henrique Martins salientou, na altura, que dentro do próprio SNS, a rede informática da saúde continuava a funcionar, estando apenas temporariamente “desligada da Internet”.

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“O serviço de saúde em Portugal tem uma rede própria privada [Rede Interna da Saúde/RIS] e que pode ser desligada da rede de Internet nestas situações”, explicou.

Em Portugal, não há até ao momento registo de qualquer incidente relacionado com o ciberataque que está em curso em vários países.

O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) informou na terça-feira estar "atento" a um eventual ataque informático, depois do ciberataque que começou na Ucrânia e assumiu larga escala.

O ataque informático afetou numa primeira fase, bancos e empresas na Ucrânia e na Rússia, propagou-se pela Europa Ocidental, tendo também afetado o laboratório farmacêutico norte-americano Merck.

Contactado hoje, o CNCS disse não haver para já mais informação sobre o assunto.