A criança não conseguiu pedir ajuda, acabando por morrer de desidratação agarrada ao corpo da mãe que sucumbiu vítima de uma crise de epilepsia, em Hackney, um bairro nos arredores de Londres.

Tudo aconteceu em outubro do ano passado, mas o assunto só agora ganhou atenção pública depois da médica legista que tratou do caso ter lançado um apelo num relatório enviado ao Departamento de Educação do Reino Unido.

A especialista pede a criação célere de um sistema de alerta que permita detetar e averiguar casos de crianças que deixam de aparecer na escola.

"É provável que Chadrack tenha ficado sozinho em casa durante 15 dias depois da morte da mãe. Foi encontrado alguns dias depois de ter morrido, com os braços à volta do corpo dela. A mãe já estava em avançado estado de decomposição", disse a médica legista Mary Hassell, citada pelo jornal Evening Standard.

Esther Eketi-Mulo, de 24 anos, morreu no apartamento onde residia, em Hackney, na zona leste de Londres, nos primeiros dias de outubro, vítima de um ataque epilético.

A criança, que sofria de dificuldades de aprendizagem e não falava, não pediu ajuda e só foi descoberta no dia 20, quando a polícia entrou em casa alertada pelo vizinhos, que se queixavam do mau cheiro.

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