O documento sobre a capacidade potencial das praias para a época balnear de 2021, consultado pela agência Lusa, alude a 46 praias costeiras ou de transição (39 grandes e sete pequenas) na região hidrográfica do Centro, distribuídas por 11 municípios dos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria.

Três municípios do distrito de Coimbra concentram cerca de metade (74.800 pessoas) desta ocupação potencial, em 19 praias: 14 na Figueira da Foz (51.200 pessoas, mais de um terço do total de 150.310 potenciais utentes), três em Mira e duas em Cantanhede.

As praias costeiras que apresentam a maior capacidade são a Barra, no município de Ílhavo, com um limite de 11.800 potenciais banhistas, seguida de Mira, com 11.200. No entanto, a praia da Figueira da Foz, o maior areal urbano da Europa (com cerca de dois quilómetros de extensão entre o molhe Norte do rio Mondego e a vila de Buarcos) tem a possibilidade de receber um máximo de 25.400 pessoas, em quatro praias contíguas.

Em sentido inverso - e excetuando as sete praias pequenas, cujas capacidades variam entre as 330 e as 480 pessoas – os areais costeiros de menor capacidade na região Centro situam-se na Marinha Grande (Pedras Negras), Figueira da Foz (Praia do Forte e Cabedelinho), Leiria (Pedrógão Sul), Cortegaça (Ovar) e Vagueira Norte e Sul (Vagos), com lotações que não excedem as 800 pessoas.

O despacho, assinado pelo vice-presidente da APA, Pimenta Machado, justifica a definição da capacidade potencial de ocupação das praias “para garantir a segurança dos utentes e a proteção da saúde pública, tendo em consideração a área útil das zonas destinadas ao uso balnear, e uma área de segurança mínima por utente”.

Segundo a APA, nas praias costeiras ou de transição, essa área de segurança foi estipulada em 8,5 metros quadrados (m2) por pessoa, “considerando o distanciamento físico necessário por razões sanitárias”.

O despacho refere ainda que em praias não urbanas foi feita uma “ponderação dos valores obtidos face aos equipamentos e infraestruturas existentes, em particular o estacionamento, e à sensibilidade ambiental da envolvente da praia”.