“Já sinalizámos o nosso interesse em adquirir para o nosso país quantidades adequadas a uma eventual vacinação nos critérios que venham a ser definidos quando uma nova vacina vier a aparecer”, afirmou Marta Temido, durante a habitual conferência de imprensa sobre a pandemia da covid-19 em Portugal.

Questionada sobre a decisão do Governo britânico que anunciou hoje a compra de 90 milhões de doses de vacinas em desenvolvimento na Alemanha e França contra a covid-19, a ministra considerou que ainda é cedo para avaliar o sucesso dos projetos em curso.

“O Governo português tem procurado estar presente em todos os processos, acompanhar todas estas possibilidade, mas é ainda prematuro ter mais do que expectativas relativamente ao seu sucesso”, sublinhou.

Marta Temido referiu ainda que, no contexto de uma reunião com os seus homólogos da União Europeia, na quinta-feira, foi possível acompanhar os desenvolvimentos de várias propostas.

O Governo britânico assinou um “acordo vinculativo” com o consórcio da alemã BioNTech e a farmacêutica norte-americana Pfizer e um acordo de princípio para 60 milhões de doses com a francesa Valneva, depois de já ter anunciado antes a compra de 100 milhões de doses de uma vacina em desenvolvimento pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

Entretanto, a Rússia anunciou hoje ter concluído com "êxito" a fase de provas clínicas de uma vacina contra o covid-19 que foram realizadas em conjunto com o Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 606 mil mortos e infetou mais de 14,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.691 pessoas das 48.771 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O país regista hoje mais duas mortes e 135 novos casos de infeção por covid-19, em relação domingo, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).