Portugal regista 724 novos casos de COVID-19 e um óbito associado à doença, segundo o último relatório diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta quarta-feira.

Desde o início da pandemia, morreram 17.026 pessoas com a doença em Portugal e foram identificados 850.262 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

Hoje registaram-se também 458 casos de recuperação. Ao todo há 810.271 doentes recuperados da doença em território nacional desde março de 2020.

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A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 368 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 50,8% do total de diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.212 (=), seguida do Norte com 5.356 óbitos (+1), Centro (3.022, =) e Alentejo (971, =). Pelo menos 363 (=) mortos foram registadas no Algarve.

Há 33 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira registam-se 69 óbitos (=) associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 264 doentes internados, menos quatro do que ontem, e 53 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais três do que na terça-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 22.965 casos ativos da infeção em Portugal — mais 265 que ontem — e 24.928 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 439 que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 340.737 (+212), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (321.829, +368), da região Centro (119.955, +64), do Alentejo (30.224, +22) e do Algarve (22.330, +32).

Nos Açores existem 5.464 casos contabilizados (+24) e na Madeira 9.723 (+2).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 66,4 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - uma subida face aos 63,3 de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,07 (igual ao valor de há dois dias).

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,08. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Matriz de risco da DGS
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Faixas etárias mais atingidas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 11.186 (=) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.629, =), entre 60 e 69 anos (1.532, =), entre 50 e 59 anos (465, +1), 40 e 49 anos (155, =) e entre 30 e 39 anos (43, =). Há ainda 12 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos (=), duas entre os 10 e os 19 anos (=) e duas entre os 0 e os 9 anos (=).

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 8.943 são do sexo masculino e 8.083 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 141.194 casos (+98), seguida da faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 125.998 casos (+114), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 122.487 (+147). Logo depois surge a faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 122.126 infeções (+133).

Desde o início da pandemia, houve 386.413 homens infetados e 463.474 mulheres, sendo que se desconhece o género de 375 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Último balanço mundial da AFP

A pandemia do novo coronavírus ultrapassou os 171 milhões de casos de infeção a nível mundial, com o registo de mais de 478 mil novos contágios nas últimas 24 horas, indicou hoje o balanço da France-Presse (AFP). No total, e desde que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi identificado na China em dezembro de 2019, pelo menos 171.096.690 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em todo o mundo.

Desde o início da crise sanitária, a COVID-19 já provocou pelo menos 3.681.985 vítimas mortais no mundo, de acordo com o mesmo balanço da agência francesa. Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 14.742 óbitos e 478.460 novos casos da doença em todo o mundo, números acima dos valores observados no dia anterior (8.264 mortes e 386.023 novos casos).

Os países que registaram mais mortes nas últimas 24 horas foram, e de acordo com os respetivos balanços nacionais, o México com 4.272 óbitos, a Índia (3.207) e o Brasil (2.408).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 595.213 mortes entre 33.287.577 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, a lista dos países mais afetados pela crise pandémica em termos globais é composta pelo Brasil (465.199 mortos e 16.624.480 casos), pela Índia (335.102 mortos e 28.307.832 casos), pelo México (227.840 mortos e 2.420.659 casos) e pelo Peru (184.507 mortos e 1.961.087 casos).

Segundo a análise da AFP, o Peru surge novamente como o país (ou território) que conta atualmente com mais mortos em relação à sua população, com 560 óbitos por cada 100.000 habitantes, seguido pela Hungria (308), Bósnia (283), República Checa (281), Gibraltar (279) e Macedónia do Norte (260).

Por regiões do mundo, a Europa totalizava até hoje às 10:00 TMG (11:00 em Lisboa) 1.137.172 mortes em 53.008.587 casos de infeção confirmados, a América Latina e as Caraíbas 1.161.745 mortes (33.209.221 casos), os Estados Unidos e o Canadá 620.777 mortes (34.670.316 casos), a Ásia 487.166 mortes (36.664.979 casos), o Médio Oriente 143.067 mortes (8.639.509 casos), a África 130.956 mortes (4.855.232 casos) e a Oceânia 1.102 mortes (48.851 casos).

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