Portugal regista esta segunda-feira mais 1.635 casos de COVID-19 e 13 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde o início da pandemia, morreram 18.430 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.144.342 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 971 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.071.544 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 35,1% dos diagnósticos.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.825 (+4), seguida do Norte com 5.644 óbitos (+1), Centro (3.249, +2) e Alentejo (1.061, =), Pelo menos 506 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 96 mortes (+3) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 49 (+1) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 809 doentes internados, mais 45 do que ontem, e 111 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais sete do que no dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 54.368 casos ativos da infeção em Portugal — mais 651 do que ontem — e 61.850 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 1.220 do que no dia anterior.

Boletim 29 de novembro
créditos: Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 439.437 (+490), seguida da região Norte (430.736 +575), da região Centro (158.945, +284), do Algarve (48.365, +156) e do Alentejo (42.258 +37). Nos Açores existem 10.064 casos contabilizados (+20) e na Madeira 14.537 (+73).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 325,9 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes, superior ao valor de há três dias (279,8), e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,17, inferior aos 1,19 de sexta-feira. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,18. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Boletim 29 de novembro
créditos: Imagem do boletim da DGS

Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.011 registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (3.956), entre 60 e 69 anos (1.681) entre 50 e 59 anos (531), 40 e 49 anos (186) e entre 30 e 39 anos (47, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 9.653 são do sexo masculino e 8.777 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 185.014 infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 183.398, e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 168.035. Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 155.352 reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 122.347, entre os 60 e os 69 anos soma 106.582 e a com 80 ou mais anos totaliza 79.384 casos. Por último, surge a faixa etária dos 0-9 anos com 75.397 infeções reportadas desde o início da pandemia.

Desde o início da pandemia, houve 531.401 homens infetados e 612.153 mulheres, sendo que se desconhece o género de 784 pessoas.

Vídeo - Como fazer uma máscara em casa?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Balanço mundial

A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 5.197.718 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China no final de 2019, segundo o balanço diário da agência France-Presse.

Mais de 260.817.750 pessoas foram infetadas em todo o mundo no mesmo período e até às 11:00 de hoje, de acordo com os números coligidos pela AFP.

No domingo, registaram-se 4.760 mortes e 382.619 novas infeções. Os países que registaram mais mortes nesse dia foram a Rússia (1.209), Ucrânia (297) e Índia (236).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 776.639 mortes e 48.229.273 casos, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 614.278 mortes e 22.080.906 casos, a Índia com 468.790 mortes (34.580.832 casos), o México com 293.897 mortes (3.883.842 casos) e a Rússia com 273.964 mortos (9.604.233 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 610 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Bulgária (404), Bósnia (380), Montenegro (364), Macedónia do Norte (362), Hungria (351) e República Checa (307).

Em termos de regiões do mundo, América Latina e Caraíbas totalizaram 1.539.738 mortes para 46.642.178 casos, Europa 1.514.834 mortes (83.767.638 casos), Ásia 896.740 mortes (57.159.434 casos), Estados Unidos e Canadá 806.268 mortes (50.014.587 casos), África 222.568 mortes (8.638.847 casos), Médio Oriente 214.292 mortes (14.288.635 casos) e Oceânia 3.278 mortes (306.439 casos).

O balanço foi feito com base em dados obtidos pela AFP junto das autoridades nacionais e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Devido a correções feitas pelas autoridades e a notificações tardias, o aumento dos números diários pode não corresponder exatamente à diferença em relação aos dados avançados na véspera.

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