Neste país devastado pela guerra foram registados 503.484 casos suspeitos e 1.975 mortes devido à cólera, precisou a agência da ONU.

Mais de um quarto dos mortos e mais de 41 dos doentes são crianças, indicou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitárias (OCHA) das Nações Unidas num comunicado.

A OMS assinalou que a velocidade de propagação da epidemia abrandou acentuadamente desde o início de julho, alertando contudo que a doença ainda afeta diariamente cerca de 5.000 pessoas.

O Iémen é palco há dois anos de uma guerra que opõe o governo, apoiado por uma coligação árabe conduzida pela Arábia Saudita, aos rebeldes Huthis, aliados a unidades do exército que permaneceram fiéis ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh e acusados de ligações ao Irão. O conflito já causou mais de 8.300 mortos desde março de 2015.

Após uma primeira epidemia o ano passado, a cólera reapareceu em abril no Iémen. O conflito no país pobre com 27 milhões de habitantes dificulta a distribuição de medicamentos e a ajuda humanitária internacional, sendo a propagação da epidemia também facilitada pela falta de água potável. “O pessoal de saúde trabalha em condições impossíveis no Iémen”, disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Guebreyesus, citado num comunicado.

Segundo a OMS, mais de 99% das pessoas infetadas com cólera podem sobreviver se forem tratadas, mas mais de 15 milhões de iemenitas não têm qualquer acesso a cuidados de saúde básicos.

Veja ainda: 15 doenças que ainda não têm cura