A resposta encontra-se em três pontos específicos que são o historial desportivo do indivíduo, a forma genética do corpo e o tipo de treino que realiza.

O historial desportivo desde criança até à idade adulta, influencia toda a estrutura corporal. A este nível a prática desportiva através de uma modalidade, durante bastante tempo irá realizar alterações corporais consoante o estímulo específico dado pela mesma.

Sendo que pessoas que nunca realizaram nenhuma atividade desportiva, apresentam mais dificuldades em atingir o corpo ideal, visto que os músculos e todas as estruturas corporais nunca foram estimulados e têm de “aprender” a reagir ao treino quando iniciam a prática em ginásios, tendo um maior período de adaptação. Pelo contrário pessoas com historial desportivo apresentam uma reação mais rápida visto que os músculos têm memória, e respondem mais rapidamente e de forma mais eficiente, reduzindo o tempo de readaptação ao treino.

A forma genética do corpo pode ser Andróide ou Ginóide. Isto significa que consoante o género do indivíduo este pode ter um formato corporal tipo maçã (andróide, associado aos homens) ou tipo pêra (ginóide, associado às mulheres).

Contudo, é possível contrariar o tipo de corpo que nos foi atribuído geneticamente, através de exercícios específicos.

Assim sendo a realização deste tipo de exercícios passa a ser essencial para a alteração das nossas estruturas corporais consoante os diferentes objetivos que cada pessoa tenha. Podemos fazer muito trabalho aeróbio, onde conseguimos perder um grande volume de massa gorda, mas necessitamos de exercícios específicos para aumentar o tónus muscular e assim perder a sensação de flacidez. Deste modo podemos também aumentar o volume muscular de uma certa região corporal, ou mesmo atingir a definição muscular tão procurada.

Se, por exemplo, quisermos ter um peitoral ou glúteo fortes teremos de realizar exercícios que irão ao encontro dessas necessidades, sendo através de um trabalho de hipertrofia muscular, ou de um treino mais funcional.

Existem aspetos que por vezes são ignorados por quem pratica atividades físicas, mas que também melhoram a nossa performance no treino e imagem no dia a dia. Neste caso, estamos a falar da flexibilidade e mobilidade das estruturas corporais, que vão ser importantes para que consigamos corrigir questões posturais, ficar mais saudáveis e que nos fazem ter outra consciência corporal. Ter uma boa flexibilidade é essencial para alcançar um corpo saudável, funcional e proporcional.

Assim sendo, a melhor forma de alterar o seu tipo de corpo é trabalhando especificamente cada parte do mesmo, tendo sempre em conta os parâmetros referidos.
Concluímos assim que pode alterar o seu tipo de corpo realizando exercícios específicos seguindo um treino equilibrado e consciente, sabendo sempre o ponto onde estamos e para onde vamos.

Pedro Nunes

Personal Trainer Holmes Place Algés