Um estudo norte-americano dos US National Library of Medicine National Institutes of Health estabelece a ligação entre a qualidade do sono e a perda de memória na terceira idade. De acordo com os especialistas, dormir bem potencia a longevidade. Os investigadores avaliaram a memória de um grupo de jovens adultos e de um grupo de idosos com mais de 70 anos depois de uma noite de sono completa e os resultados não deixam qualquer margem para dúvidas. Dormir profundamente ajuda o cérebro a reter a informação, combatendo falhas de memória, um problema que afeta uma grande franja da população idosa mas que pode ser combatido com a adoção dos gestos corretos:

- Adote horários regulares

«O nosso corpo tem uma relojoaria interna complexa e bem organizada com a qual produz hormonas, ritmos... Tenha horários de deitar e levantar relativamente regulares, horários de trabalho organizados e horários de refeições mais ou menos certos. Tome sempre o pequeno-almoço em casa e jante antes das 21h/21h30», recomenda Teresa Paiva, especialista em medicina do sono.

- Não trabalhe em demasia

«O grande beneficiário do sono é o cérebro. Melhora e consolida as memórias, facilita a aprendizagem e os conhecimentos abstratos, ajuda na resolução de problemas, estimula a criatividade e é um estabilizador de emoções. É bom não trabalhar nem demais nem de menos. Quando trabalho mais, durmo mais para trabalhar melhor», revela Teresa Paiva.

- Faça exercício físico

«Para dormir bem é necessária a prática regular de exercício. A Organização Mundial de Saúde recomenda três horas por semana. É o que faço, em horários não noturnos», assume a especialista.

- Evite o stresse

«Habituei-me a não me irritar na maioria das situações e a relativizar. Limito as notícias negativas. Não vou atrás do sofrimento e da preocupação, nem sofro por antecipação. Diariamente agradeço e rejubilo com o que de bom me acontece», refere Teresa Paiva.

- Procure tranquilizar-se antes de adormecer

«Nestes momentos, estou tranquila, ouço música agradável com luz pouco intensa e faço tarefas que me dão prazer e pouco exigentes mentalmente. Não durmo com frio nem com calor, com luz ou com barulho. O ambiente à noite é tranquilo e seguro. Gosto do meu quarto», revela a especialista, que recomenda a adoção de tons suaves e de luminosidade menos intensa para potenciar o sono.