Pode parecer um passatempo estranho para algumas pessoas, um grupo de trintões como miúdos entusiasmados com um jogo de perguntas e respostas... O que é certo é que, no último ano, tem sido uma forma extraordinária de passar um bom serão entre amigos.

O som para este momento

É verdade que nos divertimos imenso com o jogo em si. Rimo-nos com os “tiros ao lado”, as respostas erradas e as hesitações uns dos outros, sentimo-nos superinteligentes quando acertamos uma resposta que mais ninguém sabia e, pelo meio, vamos gostando cada vez mais de estar uns com os outros. Abrimos umas garrafas de vinho, saboreamos o jantar daquela noite, falamos das coisas boas, dos momentos maus, enfim, da vida...

O nosso último encontro foi em minha casa, e foi épico. Ao todo éramos 12 – o número de convivas tem de ser sempre par, para podermos fazer equipas de dois e jogar o quiz.

O meu plano inicial era sair um pouco mais cedo do trabalho para ter tempo de fazer as compras para o jantar, mas uma reunião de última hora acabou por me atrapalhar os horários. Por isso, com apenas alguns minutos para tratar da lista de compras antes de fazer o jantar e o pessoal começar a tocar à porta, um pouco por acidente, acabei por fazer aquele que viria a ser conhecido por “o melhor molho da cidade”.

Não sei se foi a urgência do momento, se me deixei levar pela ansiedade de ter algo para servir, mas cozinhei como nunca. Misturei os ingredientes com tamanha criatividade e sentido de tempero que, quando cheguei à mesa com a travessa de radiatori fumegante, com aquele molho espesso embebido nos aros da massa, já todos estavam a salivar só com o cheiro que vinha da cozinha.

No final, até tive direito a brinde! E “o melhor molho da cidade”, ficou decidido ali naquela mesa, iria passar a ser presença obrigatória nos nossos encontros mensais. Amanhã é novamente noite de quiz. E adivinhem quem é que já foi fazer as compras para o jantar?

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