Uma das grandes estrelas do setor do consumo alimentar dos últimos anos em terras lusas é o café em cápsulas. Os portugueses juntaram ao hábito do cafezinho matinal, ou pós refeição, o gesto de introduzir a cápsula na máquina de café e extraírem os mililitros da bebida que melhor se adequa ao seu palato. Mais ou menos torrado, com diferente grau de cremosidade e fruto de diferentes blends. Uma questão de conveniência e uma tendência de mercado que representa atualmente 60% do consumo da categoria café em Portugal (dados Nielsen referentes a 2016).

Em 2007 a Delta lançava-se neste competitivo mercado do expresso caseiro em cápsulas. Nascia a Delta Q apostada em apresentar um produto 100% nacional. Cinco anos volvidos, a marca sediada em Campo Maior, apresentava a “Mayor”, a sua primeira máquina desenvolvida exclusivamente para restaurantes, bares e hotéis (Canal Horeca). Dez anos transcorridos, seis mil equipamentos comercializados e 4.700 clientes depois no segmento Horeca, a empresa liderada pelo comendador Rui Nabeiro apresenta este maio de 2017 uma nova solução para o canal Delta Q Business. Da linha de montagem do polo industrial Tecnidelta II, na vila alentejana, já saem as primeiras unidades da "Mayor Q", a primeira máquina de café em cápsulas totalmente projetada pelo Grupo Nabeiro e 100% nacional.

Em Campo Maior, na cerimónia de apresentação, a 23 de maio, deste novo equipamento, Rui Miguel Nabeiro, administrador da Delta Cafés, frisou que a “Mayor Q” é “consequência de um percurso empresarial com mais de 50 anos no segmento dos cafés. Esperamos chegar ao final de 2017 com seis mil clientes e colocar no mercado mais de 500 `Mayor Q`”. De acordo com Rui Miguel Nabeiro o desenvolvimento e produção deste novo equipamento “representa a criação de perto de 30 postos de trabalho”.

De Campo Maior já estão a sair as máquinas de cápsulas de café 100% nacionais

Também presente na apresentação oficial do novo equipamento, o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral frisou estarem “aqui representados, neste novo equipamento, três setores de sucesso nas exportações portuguesas, o dos produtos metálicos, da maquinaria e o da produção alimentar”. O responsável pela pasta da economia sublinhou a importância de desenvolver um equipamento integralmente português “em parceria com o Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, assim como um leque de empresas industriais portuguesas”. Para Manuel Caldeira Cabral, “estar no interior do país não é uma desvantagem, pode ser uma oportunidade. Estamos mais perto de um grande mercado, o espanhol”. O governante alertou, ainda, para a “responsabilidade social” da empresa campomaiorense, enquanto empregadora local.

O comendador Rui Nabeiro, Presidente do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, sublinhou a componente afetiva da empresa que criou nos anos de 1960: “temos uma cultura empresarial de bem servir, de caminhar para a sustentabilidade da empresa e criação de trabalho. Dai termos criado este polo, a Tecnidelta”.

A Delta Q conta, atualmente, com quatro lojas de marca própria - Lisboa (Avenida da Liberdade e Atrium Saldanha), Porto e Vitória (Brasil) – uma gama de nove base blends, sete especialidades, três tisanas e um chá verde, duas cevadas e um café com cereais, e cinco máquinas de café exclusivas: Qool, Qool Evolution, Qosy, Qlip e MilkQool Evolution, a mais recente novidade que prepara bebidas à base de leite fresco.