Ana Garcia Martins viu o seu casamento ser abençoado por sete madrinhas, todas vestidas de rosa. Casou em Lisboa, no Chiado com Ricardo Martins Pereira - jornalista e autor do blogue: o arrumadinho e teve um dia de arromba (posso dizê-lo sem qualquer receio porque estive lá e fiz parte desta que foi uma grande festa). Casaram em 2010 e tiveram este ano o primeiro filhote: Mateus.

Vamos descobrir como tudo aconteceu:

Como é que te pediram em casamento? Onde estavas?

Ana Garcia Martins: O pedido foi em Outubro de 2009, na Fnac do NorteShopping. Parece um bocadinho esquisito, mas tem uma explicação. Tinha ido ao Porto para a apresentação do meu livro, a Fnac estava cheia de gente e, no final, passaram o microfone ao público para as típicas perguntas. O Ricardo pegou no microfone, fez uma declaração maravilhosa e depois ajoelhou-se e pediu-me em casamento. Com direito a anel, obviamente. Não estava minimamente à espera, nem achei estranho que estivessem lá os meus melhores amigos. Estava completamente a leste. Claro que houve direito a muita emoção e muitas lágrimas, como se quer.

Era um pedido que aguardavas há muito tempo?

Ana Garcia Martins: Era uma coisa da qual já tínhamos falado e que era um passo natural na nossa relação, mas não estava nada à espera que fosse naquele momento. Mas claro que assim tem muito mais graça, porque a minha reação foi completamente espontânea.

Como reagiste? Foi um sim imediato? Ou...estiveste dois ou três segundos no limbo?

Ana Garcia Martins: Fiquei tão emocionada que nem me lembrei de responder. O Ricardo teve de repetir a pergunta, do género "mas afinal queres ou não?". Claro que disse que sim. 

Recorreste a alguma empresa para organizar o casamento, ou arregaças-te mangas e para a frente é que é caminho?

Ana Garcia Martins: Não, tratei eu de tudo. Sei que hoje em dia há imensas empresas que tratam de tudo e nos poupam todo o trabalho, mas era um momento tão especial na minha vida que queria estar envolvida em todos os detalhes. Comecei por tratar logo da igreja, do espaço para a festa e do vestido. Depois, confesso que relaxei um bocado, o que obrigou a que nos últimos tempos tivesse de acelerar o ritmo.

E no grande dia....há sempre uma questão que me dá curiosidade. Precisam ou não precisam os noivos de tomar um "xanax"...para dormir na véspera?

Ana Garcia Martins: Eu não tomei nada, dormi lindamente, e acho que o Ricardo também não se embebedou. Passei essa noite no Bairro Alto Hotel, as minhas amigas foram todas lá ter e estivemos a ensaiar coreografias até às tantas. Depois elas foram-se embora e eu fui dormir.

Correu tudo como planeado ou houve algum percalço?

Ana Garcia Martins: Correu tudo lindamente. Estava com um bocadinho de medo que chovesse, apesar de ser Setembro, mas no dia do casamento estava um calor desgraçado.

E em relação a presentes...optaste por lista ou deixaste ao critério de cada um?

Ana Garcia Martins: Pus a viagem de lua-de-mel numa agência e os convidados podiam contribuir com o que quisessem. Já morávamos juntos e já tínhamos praticamente tudo o que precisávamos para a casa, por isso optámos mesmo pela viagem.

Uma das coisas mais comentadas e cobiçadas é o vestido. Conta-nos: como foi a escolha do vestido? Fácil? De onde é?

Ana Garcia Martins: Foi relativamente fácil. Achei que ia levar uma vida, mas não. Fui a três lojas e acabou por ser na terceira, a Nova Noiva (que era na Avenida de Roma mas agora se mudou para a Avenida João Crisóstomo). Tentei, sobretudo, manter-me racional. É muito fácil as noivas enlouquecerem e, de repente, acharem que é perfeitamente normal darem cinco mil euros por um vestido que vão usar uma vez na vida. Eu, como todas as noivas, queria um vestido que fosse a minha cara, mas que não me arruinasse financeiramente, e acho que consegui esse equilíbrio. Não tinha uma ideia muito precisa do vestido que queria, porque revejo-me em vários estilos diferentes, sabia apenas que não queria um cai-cai. Isso complica logo tudo um bocadinho, porque 97,8% dos vestidos de noiva são precisamente cai-cai. As minhas madrinhas de casamento foram comigo, estávamos a folhear catálogos e, a certa altura, ficaram vidradas num vestido e obrigaram-me a experimentá-lo. Não me tinha chamado particularmente a atenção, mas elas insistiram tanto que eu acabei por aceder. Moral da história, apaixonei-me e foi mesmo esse que acabei por comprar.

E a lua de mel? Onde foi?

Ana Garcia Martins: Foi dividida, uma semana na Índia e outra semana nas Maldivas, para podermos conjugar o lado cultural com o descanso. 

Se voltasses a casar amanhã o que mudarias?

Ana Garcia Martins: Não faço a mínima ideia. Acredito que haveria coisas diferentes, porque com o tempo também mudamos os nossos gostos e a nossa perspetiva sobre as coisas, mas de um modo genérico, gostei de tudo no meu casamento. Foi um dia muito divertido e especial, apesar de ter passado a voar.

B.I do Casamento:

Fato do Noivo: Hugo Boss

Local do Casamento: Chiado

greja: Basílica dos Mártires

Vestido da Noiva: San Patrick

Sapatos da Noiva: Manolo Blahnik