Não é de agora que diz-se que se formos o filho mais novo, do meio ou o mais velho isso influencia a forma como nos damos com os outros e como a nossa personalidade é construída. No livro Birth Order: What Your Position in the Family Really Tells You About Your Character, a autora Linda Blair confirma que “as experiências iniciais têm grande importância na forma como agimos no dia-a-dia e nas nossas relações amorosas.”

Para perceber melhor ao que nos estamos a referir, leia o que temos a dizer sobre a ordem de nascimentos, seja o filho mais velho, o do meio ou o mais novo, mas também não nos esquecemos do filho único.

Caso seja o filho mais velho:

Tendencialmente, os filhos mais velhos costumam ser inteligentes e responsáveis, características essas que Blair considera serem fundamentais para sucessos tanto a nível profissional quanto nas relações amorosas. “São organizados e responsáveis, dão carinho e são bons a cuidar dos outros” avança a autora, “numa relação, é normal que sejam auto-críticos e exigentes consigo mesmos”. Empreendedores, cautelosos e conscientes são três outras características que podemos associar aos filhos mais velhos.

Caso seja o filho do meio:

Os filhos do meio são os que percebem melhor o que significa a palavra ‘compromisso’. Para Linda Campbell, professora na Universidade da Geórgia, são pessoas bastante pacíficas e que se adaptam como facilidade: “muitas das vezes são diplomáticas e boas a negociar e, com isto, o sentimento de justiça é-lhes importante”. Por não ser nem o mais velho, nem o mais novo, o filho do meio, diz o terapeuta Meri Wallace, tem muito maior apetência para desenvolver um círculo de amigos vasto e que tem por hábito crescer com as amizades que faz ao longo da vida

Caso seja o filho mais novo:

É o que prefere desafiar, gosta de ser o centro das atenções e são costumam ser o mais charmoso dos irmãos. Linda Campbell diz que desde cedo, os filhos mais novos sabem ler as pessoas e habituam-se  a conviver com indivíduos mais velhos, “são geralmente muito bem sucedidos nas relações com os outros”. Por serem os filhos mais novos, acabam por estar à espera que os outros tomem as decisões por si, o que tem implicações tanto nas relações laborais como na vida pessoal.

Caso seja filho único (não nos esquecemos de si):

Crianças que tenham crescido sem irmãos ou foram filhos únicos durante grande parte da infância, “foram o centro das atenções e tinham quase todas as suas necessidades físicas e mentais preenchidas” pelos pais, quem o diz é Linda Campbell. Para a autora, o filho mais velho e o filho único são uma combinação ideal para uma relação amorosa de sucesso, pois são ambas pessoas que valorizam a responsabilidade e a confiança. Por terem crescido num mundo rodeado de adultos, são líderes naturais e proteccionistas.

João Miguel Silva