“É uma obra que nos orgulha a todos, quer pelo tempo em que foi realizada quer pelo controlo financeiro que nós desde a primeira hora imprimimos”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, Luís Machado.

As aulas arrancam na segunda-feira, mas hoje foi dia de abrir as portas à comunidade para mostrar o novo edifício, que representou um investimento que rondou os três milhões de euros, comparticipados em 85% por fundos comunitários e 7,5% pelo Ministério da Educação. Os restantes 7,5% foram pagos pela autarquia duriense.

Segundo o presidente, a obra foi concluída “em 12 meses”.

“Em termos financeiros, foi um trabalho muito árduo, mas tivemos a felicidade de chegar ao final a obra e com derrapagem zero. Não houve um cêntimo sequer de orçamento municipal a mais do que aquilo que era devido”, acrescentou o autarca.

O novo estabelecimento escolar ocupou o espaço do antigo, que foi demolido e cujos detritos foram reaproveitados para a construção. As aulas decorreram em contentores no anterior ano letivo.

Luís Machado salientou que a construção desta escola “era uma prioridade”, até porque a anterior abriu em 1976 e “já não reunia as condições para albergar os alunos”.

São cerca de 300 os alunos, dos segundo e terceiro ciclos, que vão frequentar esta escola.

Quando chegou a Santa Marta da Penaguião, há 39 anos, José Alberto Araújo encontrou aqui cerca de 650 alunos. O despovoamento e a redução da natalidade afetaram este concelho duriense e levaram a uma “redução drástica” do número de alunos.

No entanto, o diretor do Agrupamento de Escolas frisou que o novo estabelecimento era uma “necessidade premente” e a “concretização de um sonho antigo”.

“Esta escola reúne todas as condições para um bom acolhimento dos alunos e para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico de qualidade. Esperamos agora que estas boas condições se possam traduzir, no futuro, em sucesso escolar dos alunos porque é esse o nosso grande objetivo”, salientou José Araújo.

Trata-se de um edifício amplo, com muita luz natural, com 24 salas, entre as de aula, educação visual, informática, música ou laboratório, salas. Existe ainda uma biblioteca, gabinetes próprios para os grupos disciplinares, auditório e um polivalente desportivo.

Agora, com a nova escola, a grande ambição de Luís Machado é de conseguir atrair alunos dos municípios limítrofes e dotar o concelho, pela primeira vez, com o ensino secundário.

“Essa é uma nova batalha que temos agora pela frente. Com a escola antiga não tínhamos condições para albergar o ensino secundário. Agora temos excelentes condições e queremos, de forma progressiva, conquistar o 10.º, depois o 11.º até ao 12.º”, frisou.

Luís Machado frisou que já foram encetados os primeiros contactos com o Ministério da Educação.

Mas, segundo o autarca, está também a ser analisada, conjuntamente com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a abertura de um curso tecnológico ligado à vinha e ao vinho, já que a viticultura é a principal atividade económica deste município.

A inauguração da nova escola será feita em outubro e para a presidir a esta festa foi convidado o Presidente da República.