No debate quinzenal, a coordenadora do BE, Catarina Martins, questionou o primeiro-ministro, António Costa, sobre a resposta que se vai dar à Escola Secundária Alexandre Herculano, cujas aulas foram suspensas pelo Ministério da Educação até segunda-feira, para “acautelar as condições de segurança dos alunos".

A instituição foi encerrada na quinta-feira, por decisão do diretor, por chover em várias das salas de aula. Deverá reabrir na segunda-feira, segundo o Ministério da Educação. "Estamos em condições de arrancar com essas obras que vão abranger 200 escolas em todos o país e uma delas é a Alexandre Herculano", afirmou António Costa, recordando que esta era uma das 39 escolas cujas obras estavam adjudicadas em 2011 "e que foi anulada quando o doutor Pedro Passos Coelho chegou ao Governo".

A líder bloquista concorda que "não se pode de um dia para outro apagar tudo o que foi a destruição feita" nos últimos anos, mas deixou um aviso ao chefe do Governo que apoia parlamentarmente: "temos andado devagar demais no que diz respeito aos serviços públicos".

TSU

Catarina Martins dedicou apenas o minuto inicial da sua intervenção à polémica das últimas semanas da Taxa Social Única (TSU), considerando que a substituição da sua redução pela do Pagamento Especial por Conta (PEC) "é um incentivo à liquidez e ao investimento, em vez de uma concorrência pelas piores práticas" e "é um consenso real em vez de um acordo dos patrões consigo próprios". "O que nós fizemos neste parlamento foi acabar de vez com a ideia peregrina de que o aumento do Salário Mínimo Nacional deve ser compensado. Essa ideia morreu. Paz à sua alma", disse.

Para a líder do BE, "há uma outra conquista neste processo", que foi o Governo encontrar à sua esquerda a disponibilidade e a capacidade para negociar as soluções de que o país precisa". "Deixemos a direita presa no seu labirinto e vamos ao que interessa", atirou.