Fez sucesso na televisão portuguesa, 'exportou-se' para o estrangeiro, mas acabou por voltar a casa. Ricardo Pereira está neste momento a trabalhar no filme 'Mulheres', uma produção brasileira e portuguesa com a Paolla Oliveira, que está a ser rodada em Lisboa durante o mês de setembro. No próximo dia 22, irá estrear a peça 'Oh Meus Deus', com a atriz Irene Ravache, no Teatro Tivoli.

Antes, participou ainda no filme 'Cartas de Guerra', de Ivo M. Ferreira, que levou para o cinema as cartas que o escritor António Lobo Antunes escreveu à primeira mulher, entre 1971 e 1973, durante o tempo em que esteve em Angola, a servir o exército, na guerra colonial. O atorjá conhecia Ivo e a colaboração entre os dois teve um bom resultado.

"Era uma obrigação nós fazermos um bom trabalho. Acho que o fizemos. Tivemos um realizador que sabia muito bem o que queria fazer com 'Cartas da Guerra' e com as personagens. Porque estudou muito, trabalhou muito e preparou-os muito bem. Tornou tudo muito mais fácil. Foi uma responsabilidade muito grande", disse o ator ao Fama ao Minuto.

Neste trabalho, contou Ricardo Pereira, o maior desafio foi "sair da zona de conforto", algo que, diz, até correu bem. "É um grande desafio para nós. Quando nós saímos realmente da nossa zona de conforto e conseguimos fazer algo que nós próprios não sabíamos que conseguíamos fazer, ou pelo menos não estávamos à espera, depois da preparação de o fazer, é sempre bom sair da zona de conforto. O Ivo conseguiu isso muito bem com os atores".

Quando viu o filme ficou "emocionado". E explicou porquê:"Primeiro porque conheço muito bem o Ivo e a Margarida [Vila-Nova], que é uma amiga, uma parceira de cena de há muito tempo. O filme, quem tiver a oportunidade de ver, a voz da Margarida narra de uma forma extraordinária. O Ivo dirige e realiza este filme de uma forma brilhante. É um filme que acho que vai ficar para sempre guardado como um dos grandes filmes feitos em Portugal", rematou.