Foi numa viagem a Nova Iorque, nos EUA, quando arriscou fazer um curso de representação na New York Film Academy, que descobriu a sua vocação. Hoje, é apaixonada pelo que faz e sente-se privilegiada por isso. Não gosta de expor a sua privacidade, que considera o seu "bem mais precioso". À Prevenir, Joana Ribeiro aceitou desvendar pormenores da sua rotina pessoal e profissional.

A atriz, em entrevista, conta os desafios que enfrentou durante um dos seus maiores desafios profissionais, a interpretação da sua personagem na série "Madre Paula", exibida pela RTP1, em 2017. Para além disso, revela ainda as estratégias que usa no dia a dia para gerir a agenda preenchida e partilha, ainda, os cuidados que tem no dia a dia para estar elegante e de bem com a vida.

Foi protagonista da série da RTP "Madre Paula", sobre a vida da mais famosa freira do Convento de Odivelas. Como foi essa experiência?

A Madre Paula é uma personagem muito intensa. Além de ser uma pessoa muito genuína e impulsiva, quase selvagem, ela também sofre muito. São poucas as cenas onde ela está bem e feliz. Interpretar todas estas emoções, de uma forma credível foi por vezes difícil, sobretudo nas cenas de maior intensidade, mas estou muito contente com o resultado.

Joana Ribeiro em produção fotográfica
Joana Ribeiro em produção fotográfica
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Como foi a preparação para esta personagem tão intensa, como a descreve?

Fora das gravações, tentei resguardar-me ao máximo. Quando sabia que ia ter um dia difícil, no dia anterior, tentava dormir bem e comer bem e evitava situações que me pudessem desgastar emocional  e psicologicamente. Durante as gravações, tentava poupar energia entre os takes e ouvia música ou lia.

O trabalho que fiz com o [encenador] Daniel Gorjão também me ajudou muito a encontrar a personagem. A verdade é que eu acabo sempre por descobrir em mim características parecidas com as personagens que interpreto e, a partir daí, só tenho de evidenciá-las.

Onde vai buscar energia para enfrentar a agenda preenchida de atriz?

Faço questão de tomar sempre um bom pequeno-almoço e de beber café logo pela manhã. Durante o dia, tento fazer exercício. Gosto de correr ao ar livre e, sempre que posso, vou à praia. Há momentos dos quais não prescindo e que são essenciais para o meu equilíbrio.

A Joana Ribeiro não gosta muito de falar sobre a sua vida privada. Preservar a esfera mais íntima é importante para o equilíbrio?

A minha privacidade é o meu bem mais precioso. Para mim, não faz sentido partilhar a minha vida, a minha família e os meus amigos com o público. Acredito que será mais fácil para as pessoas acreditarem nas minhas personagens, se não conhecerem a minha vida. Os atores que mais admiro são precisamente aqueles sobre os quais não faço ideia de como é a sua vida privada. Esse desconhecimento fascina-me.

Preocupa-se em seguir um estilo de vida saudável?

Sempre tive um estilo de vida saudável. Já fiz balé, voleibol, ténis, râguebi, natação, judo... Experimentei quase todos os desportos e sempre fui muito ativa.

Hoje em dia, como mantém a sua boa forma física?

Tento fazer exercício físico com regularidade. Sempre que tenho disponibilidade, vou ao ginásio três a quatro vezes por semana e gostava de voltar a dançar flamenco. No ano passado, quando participei no filme "O homem que matou Dom Quixote" [de Terry Gilliam], tive de aprender esta dança. Gostei tanto da experiência que quero retomar as aulas.

Além de ser uma dança linda, é muito exigente e completa. Envolve a coordenação motora e, ao mesmo tempo, requer uma expressão facial muito intensa que não pode ser esquecida em momento nenhum da dança, o que para nós, atores, pode ser uma boa ferramenta para treinar a expressão corporal.

De que forma gere a imprevisibilidade da profissão?

Durante as fases em que tenho menos trabalho, aproveito para fazer coisas novas que me preencham, como viajar ou fazer algumas formações. Não sou de ficar parada!

Depois de "Madre Paula", seguiu-se uma nova telenovela, "Paixão", na SIC. Quais são as suas maiores paixões?

Vivo muita a vida e tenho muitas paixões, mas posso dizer que as maiores são os meus amigos, a minha família e o meu trabalho, seja em televisão, teatro ou cinema.

Texto: Sofia Santos Cardoso com Carlos Ramos (fotografia)

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