São uma das flores que mais embelezam canteiros e maciços. Esta poda invernal tem um caráter estrutural, pretendendo dar forma à roseira e prepará-la para produzir ramos fortes e saudáveis, com a orientação pretendida, donde surgirão as tão desejadas rosas. Por todas essas razões, esta operação é essencial para estimular uma floração abundante. Veja, de seguida, algumas regras gerais para todo o tipo de roseiras.

Orientação dos cortes

Antes de cortar, é importante pensar para que direção queremos que os ramos novos que vão surgir, se dirijam. Nas roseiras, pretendemos que os novos rebentos se orientem para fora, nunca para o interior da planta, logo o corte deverá ser de tal forma que o gomo que fica no ramo depois do corte esteja orientado nesse sentido exterior.

Incisões terminais

É importante efetuar um corte oblíquo em que a inclinação é no lado oposto ao gomo mais próximo. Desta forma favorece o escorrimento da água, que será escoada do lado oposto ao gomo, evitando assim problemas de infeções e podridões.

Distância do corte ao gomo

No caso das roseiras, deverá ser efetuado cerca de 0,5 centímetros acima do gomo. Isto é especialmente importante nas roseiras, pois apresentam uma medula mole que, com o tempo, seca e cria uma pequena depressão até ao nó.

Se o corte deixar uma porção de ramo demasiado longo, ao fim de algum tempo, transforma-se num tubo oco até ao nó e, mesmo que o corte seja inclinado, vai haver tendência para entrar água e favorecer podridões. Tenha sempre as tesouras bem afiadas para cortes limpos. Para os ramos muito grossos use um tesourão.

Rebentos ladrões

Para todas as roseiras enxertadas, deverá cortar sempre e em qualquer época do ano todos os rebentos que surjam abaixo do enxerto, rebentos esses que podem surgir quer acima do solo quer a partir das raízes. São aquilo a que chamamos rebentos ladrões das roseiras e tiram a força aos restantes ramos

Texto: José Pedro Fernandes (engenheiro florestal) com Luis Batista Gonçalves (edição digital)