É inevitável! Chega o fim do mês e há sempre uma preocupação com o valor da conta da eletricidade. Por mais que aproveitemos a luz solar durante o dia, à noite temos de recorrer à iluminação artificial. De acordo com o Portal da Energia, os custos de iluminação representam, em média, cerca de 15% da fatura da eletricidade. Na maioria dos casos, o valor a pagar pode ser bastante reduzido se trocarmos as lâmpadas tradicionais por LED, sigla inglesa de light-emitting diode, díodo emissor de luz em português, apesar do investimento inicial ser maior.

Afinal quais são as vantagens dessa troca?

1. As lâmpadas LED têm uma média de vida de 50.000 horas. Se tiver a luz ligada todos os dias entre as 18h00 e as 24h00, as lâmpadas podem durar 23 anos. Apesar de implicar uma despesa inicial maior, a médio e longo prazo o investimento acaba por compensar.

2. Vai reduzir as emissões de CO2. Graças à entrada de potência nominal mínima, a iluminação com LED reduz as emissões de dióxido de carbono, sendo portanto amiga do meio ambiente.

3. Os raios de luz das lâmpadas LED são isentos de UV (raios ultravioleta) e de IR (raios infravermelhos), o que faz com que paredes, quadros e plantas, por exemplo, não fiquem danificados com o passar do tempo por causa do calor.

4. Devido às cores límpidas e intensas que os modelos à venda no mercado apresentam e que variam entre o branco frio, o branco quente, o vermelho, o verde, o azul e o amarelo, se souber fazer uma boa conjugação de lâmpadas LED, conseguirá criar vários tipos de ambientes em sua casa.

5. As lâmpadas LED são mais caras do que as tradicionais mas duram mais tempo. Como, em termos práticos, podem permitir economizar até 70% da energia, fazem com que gaste menos dinheiro. Nalguns casos, em doze meses consegue sentir algum retorno do investimento.

Os riscos para a saúde

Apesar de serem mais luminosas, consumirem menos e garantirem uma maior eficiência energética, há quem alerte para eventuais riscos para a saúde no caso de uma utilização intensiva, que é de evitar. Em comunicado, a American Medical Association (AMA) veio alertar, em meados de 2016, para os potenciais perigos de uma exposição excessiva. Um estudo da Universidade da Califórnia, nos EUA, refere que os de cor vermelha podem conter chumbo e arsénico, além de outras substâncias potencialmente perigosas.

Em dezembro do mesmo ano, um outro grupo de investigação internacional, que integra um docente do Politécnico do Porto, também chamou a atenção para os malefícios da iluminação, associando-a a um aumento da probabilidade de desenvolvimento de diabetes, obesidade e cancro da mama e da próstata. «A iluminação artificial, com muito relevo o LED branco, é potencialmente prejudicial para a saúde humana devido à componente azul muito pronunciada no seu espetro», referiu publicamente Raul Lima, investigador da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto.

Texto: Sara Chaves com Luis Batista Gonçalves