Com a constante redução dos preços das câmeras fotográficas Reflex digitais (DSLR) - que se podem já adquirir na casa dos trezentos euros e sendo este o tipo de máquina que os profissionais usam - a tentação de as adquirir é grande pois está geralmente associada à ideia de que possuem uma qualidade de imagem superior. Isto não é necessariamente verdade: uma máquina compacta topo de gama, por exemplo, pode ter melhor qualidade do que uma Reflex de entrada de gama.

Mas o preço não deverá ser o único fator a ter em conta quando se procura uma câmera de qualidade. Compactas topo de gama e compactas do tipo “EVIL” (ou Mirrorless), câmeras com lentes intermutáveis sem espelho (não Reflex e por isso mais compactas que as DSLR), são alternativas válidas e muitas vezes mais adaptadas às necessidades dos amadores.

Antes de tomar uma decisão sobre qual o tipo de câmera que deverá comprar, deverá ter em conta qual o tipo de utilização que pretende de uma máquina fotográfica. Se é um amador sério, amante da fotografia, à qual se pretende dedicar como passatempo, evoluir e alargar os seus conhecimentos fotográficos, deverá optar por um sistema que permita mudar as objectivas, seja uma DSLR ou uma EVIL, que em termos de especificações técnicas já estão num nível de qualidade profissional. Não esquecer, no entanto, que num sistema DSLR a variedade e quantidade de objectivas disponíveis é bastante maior.

Se é um fotógrafo de “fim-de-semana”, para quem fotografar tem que ser divertido, fácil e descomplicado, gosta de apontar e disparar sem estar preocupado com exposição, velocidade de obturação, diafragma, valores ISO, etc, então uma compacta de qualidade ou uma EVIL será a sua melhor opção. Ainda que uma DSLR possa funcionar dessa forma, o que muitas vezes acontece é que o tamanho acaba por ser decisivo quando sai de casa e toma a decisão levar a máquina consigo. Se uma compacta pode andar sempre no bolso, na mala ou no porta-luvas do carro; com uma DSLR implica normalmente andar com o estojo ou saco da máquina, o que faz com que muitas vezes a decisão seja: ”hoje não me apetece andar com a máquina atrás”! E assim acabam por se perder boas oportunidades de fazer fotos para partilhar ou mais tarde recordar. Normalmente, o que acontece nestes casos, é que a DSLR fica sistematicamente em casa e as pessoas acabam por fotografar sempre com o telemóvel.

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