Este é o tempo do saborear da colheita, ou seja, em gratidão celebramos o findar de mais um círculo da infinita espiral da história que somos. E tão bem bafejados pela intensidade optimista e pela fé guerreira que a dança planetária nos brinda e inspira, assim como nos mostra verdades gritantes bem escondidinhas. Tempos de inquietação, mas muita Verdade Nua e Crua. O que nos diferencia uns dos outros é a forma como lidamos com cada uma.

Agora é tempo de reconhecer e memorar, quer queiramos ou não. A vida fará com que nos vejamos de verdade e em verdade, no que nos transformámos, o que fomos moldando em nós e de nós, o que fomos purgando, transformando, reciclando, criando, recriando, o que morreu e nasceu, a obra que concluímos naturalmente e ao ritmo da Vida e os seus desafios. Muitas vezes nem nos apercebemos do tanto que a vida nos trabalha, não nos apercebemos das consequências das nossas escolhas e do seu "produto" final, pois bem, este é o tempo dessa grande e por vezes muito dura ou muito extasiante tomada de consciência. O oficializar do que desenhámos, é a tomada de consciência da imagem final que surge depois de unir os vários pontinhos que durante todo este ciclo fomos encontrando no caminho. Uma imagem que agora ganha vida, forma, alma, essência - para ser celebrada. E quando falo em celebrar não tem de ser sempre em festa, celebrar é o acto de estar presente, ciente e vivo com o que é, com o que somos e com o que estamos a viver. Celebrar é criar a nossa forma de aprender com cada situação, seja ela dura ou doce. Como dizem os antigos "autopiedade é uma perda de tempo, aprende com tudo na vida".

A essência, a qualidade desta celebração depende "apenas" da forma como vivemos cada um desses tantos pontinhos que fomos encontrando no caminho deste ciclo de 13 luas e que agora se juntam e se completam, como que um projecto infinito de arte que conclui agora uma das suas etapas e é tempo de o olhar, chorar ou rir, tempo de o sentir, integrar e comemorar.

Segundo o tempo Natural, (calendário Maia) um novo ciclo de 13 Luas finda e outro começa já de seguida, um novo "ano".

Segundo o calendário Maia, entre um fim de um ciclo e o inicio de outro, existe um dia sem tempo, o dia do vazio no cheio, o dia em que a Terra vive um alinhamento mágico e vivo Único, um dia especial que há muito, ou melhor, desde que existe vida, o chamado Dia Fora do Tempo. 25 de Julho é o tempo sem tempo para celebrar A Vida, sem tempo, sem horas.

Lanço o desafio a cada um de nós, a sós, ou acompanhado, vamos olhar para o nosso caminho e fazer uma feliz recapitulação, usar a criatividade para escolher uma forma de o celebrar, uma forma de expandir e fomentar aquele sentimento de borboletas no estômago e um fogo audaz no peito, um dia para A Vida que há em Nós, para A Vida que Somos. Olhar com sinceridade para o que é aqui e agora, para o que viveu e deixou, para o que morreu e prevaleceu, para as dores e os amores, as alegrias e tristezas, as gargalhadas loucas e os choros compulsivos, as raivas e as alegrias, para o que foi, o que é e tudo quanto pode ser, para tudo, porque tudo somos nós e nós somos tudo. Celebremos em Amor, Humildade, Consciência e Criatividade.

É preciso RELEMBRAR que O Tempo É Arte. É preciso libertar essa Verdade.

Todos nós temos o Livre Arbítrio de Escolher como Criar e como Ser o Criador da Vida que foi sacralmente "depositada" em nós. Inspiremo-nos muito para este novo começo, este novo ciclo de 13 luas que inicia já no final de Julho.

Estamos na Lua da Presença, simbolizada pela Tartaruga. Lunação (período de 28 dias) que trabalhará, inspirará, desafiará e questionará sobre: Como aumentar a minha Alegria e o meu Amor? Tempos sem tempo que inspira e expira Liberdade, Amor, Fé, Força e Criatividade. É preciso vazar-nos para sentir como Somos Cheios e Abundantes.

O Novo Ciclo (o novo ano = 13 luas) terá a Natureza da Tormenta, o que me deixa os olhos a brilhar e um fogo no peito, pois associo muito esta natureza com o Trovão e a Tempestade, algo que me faz sentir tanto que me transcende de uma forma indescritível. Pensem nessa força da Natureza e tirem as vossas conclusões.

Deixo-vos o poema que caracteriza a Tormenta:
"Eu dissolvo com o fim de catalizar
Libertando a energia
Selo a matriz da autogeração
Com o tom espectral da libertação
Eu sou guiado pelo meu próprio poder duplicado.
Estou no meio de uma revolução pessoal; despojo-me
de velhos esquemas e experiências passadas."

Que assim seja.

Até lá sejam livres de mergulhar na floresta, de correr pelo Mar a dentro de Respirar o Sol e Inspirar a Lua com os pés descalços bem assentes na Terra bebendo cada vivência ouvindo o bater do vosso coração.
Encontrar-me-ão aí <3
Um doce e forte abraço."
Nádia Nadzka

Sobre a autora:
Nádia Nadzka
MULHER Apaixonada pela Vida. Viajou pelo mundo do teatro, música, dança, moda, design e ilustração, grandes Paixões que nunca abandonou, foi aprendendo a simplificar e a fundir ao longo da vida com outras paixões que foi descobrindo. Aluna atenta da Vida e dos seus “mestres”, familia e amigos. Eterna estudante da ancestralidade, estuda, pratica e vive a Arte Xamanica - a humildade, a criatividade, o respeito e Amor pela Terra e tudo o que tem Vida, estuda os Astros, a Natureza, o Infinito Universo e a forma como tudo isso nos influencia, estuda a Natureza humana, desafiando-se e desafiando cada um a olhar-se e a acordar-se. Há cerca de 10 anos que se dedica a criar momentos, experiencias, vivencias que despertem A Vida que existe em cada SER. Dá consultas sobre todos estes temas de forma a ajudar ao Reencontro pessoal.
Dança, canta e toca nas noites lua cheia, em cada mudança de estação e sempre que pode dá voz à celebração, gratidão e União com a Natureza e toda a sua história e sabedoria. Escreve e desenha sobre estes temas. É artesã na Vida e da Vida.
O que a move? Amar, Criando. Honrar A Vida.
"A genuína originalidade de cada um de nós é precisa para compor a melodia na Terra." Nádia NadZka
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