Para a maioria das mulheres não existe qualquer contraindicação em fazer sexo durante a gravidez, a menos que o seu médico o desaconselhe.  

Fazer sexo durante a gravidez é seguro tanto para a mãe como para o bebé, pois desde que a mãe se sinta confortável, não haverá qualquer problema para o feto. Algumas mulheres podem sentir-se apreensivas quanto às consequências do sexo durante a gravidez.

Porém, este apenas está desaconselhado se tiver experienciado hemorragias, se tiver historial de enfraquecimento cervical ou placenta previa. Também não se aconselha fazer sexo após rebentarem as águas, uma vez que aumenta o risco de infeção.

Vários especialistas afirmam que o sexo durante a gravidez pode até trazer benefícios, uma vez que as mulheres grávidas que fazem sexo regular e experienciam orgasmos têm uma menos probabilidade de sofrer um parto prematuro. «As vibrações não perturbam o bebé de forma nenhuma», asseguram mesmo Melissa Heckscher e Emily Sikking, autoras do livro «Teste de gravidez» (Arte Plural Edições).

Até quando pode fazer sexo na gravidez?

A vontade e a frequência do sexo durante a gravidez varia de mulher para mulher. Desde que seja confortável para si e para o seu parceiro, pode fazer sexo até ao fim da gravidez, sem qualquer malefício para a sua saúde ou para a do seu bebé. Durante o orgasmo e especialmente numa fase mais tardia da gravidez, é normal sentir a contração dos músculos do útero.  

Estas concentrações em nada se assemelham às contrações do parto e não são motivo para alarme. Alguns casais apreciam o sexo durante a gravidez, enquanto outros o acham mais desconfortável. Depende de cada casal a forma como encaram o sexo durante esta etapa da vida.

Posições sexuais durante a gravidez

Durante a gravidez, fazer sexo nem sempre é fácil, devendo o casal adoptar diferentes posições à medida que a gravidez avança. A penetração pode, por vezes, tornar-se desconfortável e a sensibilidade mamária característica da gravidez pode também trazer desconforto à mulher durante as relações. A gravidez é também uma óptima oportunidade para os casais se tornarem mais criativos e variarem as posições ao longo da gestação.  

A posição de missionário torna-se difícil e incómoda à medida que a gravidez progride, tornando-se praticamente impossível no final da gravidez. Escolha, por isso, posições que a façam sentir-se confortável e que não sobrecarreguem a zona do abdómen, optando por deitar-se de lado ou ficando por cima do seu parceiro. Evite exercer pressão na barriga e utilize uma almofada caso precise de elevar a zona do púbis devido ao tamanho da barriga.

Por outro lado, se a penetração se tornar desconfortável para si ou para o seu parceiro, pode optar por sexo oral ou pela masturbação mútua, tornando a relação mais cómoda. O recurso a um vibrador também não está proibido. «As vibrações não perturbam o bebé de forma nenhuma. Desde que o médico não lhe tenha imposto repouso pélvico nem lhe tenha dito para evitar orgasmos», asseguram as autoras de «Teste de gravidez». 

Muitos casais questionam-se sobre manter uma vida sexual normal durante a gravidez, ficando em dúvida sobre os cuidados a ter, se certas posições ou ejacular dentro da mulher podem afectar o bebé. Uma relação sexual bem sucedida depende sempre das duas pessoas do casal, independentemente da mulher estar grávida ou não.

Desse modo, se houver desejo sexual e vontade, pode haver sexo desde o início ao fim da gravidez, independentemente da posição e da ejaculação, sendo uma decisão que cabe a cada casal e que não coloca o bebé em perigo, desde que a mãe se sinta confortável. «Ainda que o seu parceiro seja muitíssimo dotado, o pénis nem sequer vai tocar no bebé durante a relação sexual», afirmam Melissa Heckscher e Emily Sikking.  

Texto: Clínica Médica 121doc