A partir de 2018, poderá ligar e desligar a sua fertilidade só com um botão, graças à pílula digital. Sim, leu bem. Pílula digital! Trata-se de um implante contracetivo que poderá ser controlado remotamente, através de um comando wireless. Deverá libertar 30 microgramas de uma versão sintética da hormona progesterona, todos os dias, ao longo de 16 anos. Sensivelmente metade do período reprodutivo da mulher, o que reflete um aumento significativo face ao limite de três anos disponível no mercado agora. O implante poderá ser colocado sob a pele de uma das nádegas, de um braço ou do abdómen.

Esta espécie de chip está a ser desenvolvida por uma equipa de investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), financiada por Bill Gates. Os cientistas garantem que não poderá ser reprogramado à distância. Embora os ensaios clínicos só comecem em 2015, a empresa norte-americana MicroCHIPS está confiante que estarão em condições de comercializar a pílula digital a partir de 2018, a um preço competitivo. Contudo, é importante referir que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera os atuais implantes contracetivos pouco eficazes.

Texto: Filipa Basílio da Silva