Friday night. Que melhor noite do que a sexta-feira para depois de uma semana intensa de trabalho refugiar-me no escritório e ligar o computador, algo inédito, com o Luís ao meu lado. Raramente o faço. Aliás o dito cujo ate é motivo de discórdia lá em casa. Porque eu quero sair, conviver e andar por andar na rua e ele aprecia o sossego do lar e, claro, da sua máquina.

Já estive mais longe de desligar as fichas todas e avariar a coisa. Mas uma amiga levou-me a pensar duas vezes. Se não consegues vencer, junta-te a eles e foi o que fiz. numa última hipótese que dei ao computador para se redimir de todas as noitadas que me fez passar sozinha.

É que a guerra já não era entre eu e o Luís. È entre mim e esse desgraçado desse Mac que cada vez sai com um design novo e mais arrojado e eu cada vez mais velha e sem graça.

Foi pois nesta mesma sexta. Disse-lhe que me tinham proposto fazer algo e eu aceitei, mas precisava da sua ajuda. Acedeu de imediato pensando que seria sobre um texto ou umas informações sobre tecnologia pois sabe que as odeio, mas quando soube ao que ia corou e tive a certeza que, por momentos, desejou que o seu querido computador se eclipsasse. Um a zero para mim.

Não podia virar costas. Não tinha como. Eu propor-lhe fazermos algo em conjunto no computador era…uma pedrada no charco. Entre o “metes-te em cada uma” e o abrir dos sites, optei pelo silêncio, até porque se entrássemos em discussão a minha ideia ficaria imediatamente abortada.

Abri os sites. Jogos e mais jogos para escolher. Já tinha uma ideia prévia, mas resolvi passar-lhe a bola. Não escolheu, simplesmente foi abrindo aleatoriamente e sem lhe dar muita importância.

Só para terem uma ideia estávamos os dois sentados lado a lado em duas cadeiras distintas. A mesa rectangular, sobre a qual repousava o computador, bem à nossa frente e eu descontraidamente com um bloco de lado para ir tirando notas para a reportagem. Não condicionei os factos. Não iluminei o espaço com velas, não usei uma roupa especialmente sexy, nem sequer substituí as sandálias pelas coquetes pantufas com um pompom à frente…ali estava eu mesma com um tailleur acabadinha de sair de um dia intenso de trabalho. E pior. Sem expectativas.

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1 - O primeiro site. O Luís abre com a “Miss T-Shirt Molhada” e assume o comando: dar mangueiradas nas meninas que desfilam à nossa frente de modo a atingi-las e sempre que o consegue a t-shirt vai ficando cada vez mais molhada e por conseguinte mais transparente. O prémio: uma caneca de cerveja e a visão de mulheres semi-nuas a desfilarem. Conseguiu quatro. Roubei-lhe o rato e fiz um Play Again. Sete. Consegui sete canecas e o Luís olhou para mim incrédulo. Sentiu-se desafiado num terreno que considerava seu. Não há nada como abalar o ego de um macho para senti-lo irrequieto.

2 – Seguimos para o próximo site. A “Empregadinha Sexy” que está a limpar o chão com um vestido curto. A nossa missão é simples: temos uma mão e uma língua para ir satisfazendo o nosso prazer. Sem derrotas nem vitórias. A ideia é o puro prazer. E o Luís parecia ter tudo sob controle. Levantou a saia com uma mão e imediatamente fez a língua passar pelas partes mais íntimas da empregada. A cena incomodou-me.
Ao vê-lo fazer aqueles movimentos vezes sem conta deixei soltar um suspiro e senti a mão esquerda dele na minha coxa enquanto a outra comandava o jogo. Fez-se um silêncio incómodo e retribui a carícia na perna dele, agora já colada à minha. As mãos já quentes, mas a cabeça ainda no sítio para o próximo jogo.

3 – “Britney Por Cima” foi o seguinte. Ele, sentado no sofá, mal se via. Ela sentada em cima dele de costas e completamente nua a exibir-se para… nós. Os movimentos eram dela por isso o Luís passou-me o rato. Bolas, não estava à espera. Várias hipóteses iam-se colocando e o meu objectivo era fazê-lo atingir o orgasmo. Comecei por pô-la a tocar sensualmente no peito, depois acelerei o toque no sexo dele de uma forma quase descontrolada. O Luís aproveitou a minha fragilidade para puxar os meus collants gambaleto para baixo e tocar na minha pele com mais intensidade. Fiquei desnorteada e como fiz não sei, mas subitamente o homem atinge o orgasmo e o sémen vai directamente para a boca da boneca…fechando o prazer daquele momento. Sinto a tensão a subir e o Luís a esticar-se…

4 –Passámos para outro jogo. O “Fantasma Erótico”. Tem uma história. Ela é uma miúda gira e ele um fantasma que a persegue até ao quarto. Quando estão sós ele começa a possui-la perante o desespero da dama. Primeiro ela grita, mas depois, depois é só prazer comandado por nós. Luís desinibiu-se por completo. Oscilou entre o sexo oral e o sexo anal até me tocar na intimidade e sentir que também eu estava excitada. Fiz-lhe o mesmo numa luta contra o fecho dos seus jeans e ali ficámos um pouco a tocar-nos sem despregar o olho do ecrã que reproduzia, na íntegra, o som das nossas excitações. E o fantasma continuava a possuir a rapariga de uma forma bruta e arrebatadora. Mas para mim era o Luís, o Luís é que me estava a possuir de uma forma louca…

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5 – Quando decidimos mudar, mudámos para algo simples como “A Secretária” que mais não é do que uma mulher vestida de executiva de rabo para o ar à espera que alguém toque no teclado para ele ir recebendo palmadinhas no traseiro. É só isso e a verdade é que este jogo só serviu para eu e o Luís ganharmos fôlego e explorarmo-nos um pouco mais. A dado momento já as minhas pernas e as do Luís estavam completamente entrelaçadas e eu senti-o completamente desligado do computador e concentrado em dar-me e dar-lhe prazer.

6 – Ao sexto jogo já eu estava sentada em cima do Luís. A minha camisa entreaberta e as mãos deles completamente ocupadas. Assumi o comando do jogo. No computador entenda-se, pois na vida real deixei-o guiar-me. “Alien Snatch” que é como quem diz atinja um orgasmo do outro mundo. Uma mulher nua deitada na cama guardada por sete cães que tentam impedir os alliens de a possuírem. E eu simplesmente deixei que os extraterrestres a penetrassem pois, naquele momento, só aquilo me fazia sentido…e quando o Luís suspirou um “sim” tive a certeza que estava no caminho certo.

7 – Assim como tinha a certeza que o jogo seguinte não era para mim. “El Zacho II” é para despirmos mulheres lentamente. Se tivesse programado algo este seria dos primeiros jogos, pois são, de facto, os preliminares de tudo o mais. Luís obedeceu-me e foi despindo as mulheres, desde o casaco ao soutien e eu senti que já não aguentava mais. Precisava de senti-lo dentro de mim, já não estava mais para aquela lengalenga de despe e veste…

8 – Foi o Luís que me aguentou. Pôs o jogo de “Memória Sexual”. Muito simples. Bastava encontrar os pares das cartas, mas o baralho tinha uma especificidade: eram só mulheres nuas. Nós, que até nos gabamos de ter boa memória no Trivial Pursuit, errámos todas, estávamos já completamente desconcentrados e só as imagens é que nos seduziam a continuar com o ecrã ligado…

9- E chegámos ao “ Vibrador”. O computador enche-se com um close up de uma vagina e a ideia é introduzirmos o vibrador a um ritmo controlável. O Luís fez primeiro, depois pus a mão em cima da dele e fizemos os dois, até atingirmos o clímax. Não queria acreditar quando tudo terminou. O Game Over veio antes do décimo jogo.