Infelizmente ainda parece um bicho de sete cabeças ou é encarada como um tabu. A vulva e a vagina deviam ser encaradas como qualquer outra parte do corpo tão preciosa como outras. Tocar sem ser só para lavar serve para se conhecer, bem como antecipar futuros problemas. Uma mulher que conheça bem a sua vagina, não só a sabe higienizar adequadamente no dia a dia e durante a menstruação, como também dar a devida atenção a algumas mudanças que possam indicar algum tipo de disfunção ou algo mais grave. Não obstante, é um ponto a favor para saber quais os estímulos e diferentes formas de prazer.

1. Não são todas iguais

Nem de longe nem de perto! A vagina é quase uma impressão digital, na medida em que cada uma tem o seu formato e tamanho. Nem vale a pena fazer comparações porque há uma panóplia considerável de vaginas diferentes.

2. Alguns formatos podem atrapalhar

Por vezes há formatos que podem causar dor na relação sexual, ou seja, o género de lábios podem causar algum género de atrito. Fale com o seu médico acerca de cirurgia plástica, mas tenha mesmo consciência se a dor ou desconforto é disso ou de algum entrave psicológico.

3. A cor vai alterando conforme a idade

É completamente normal. Na infância e na velhice é sempre mais clara, independentemente da etnia da mulher. No período mais fértil da sua vida, a vagina tende a ser mais escura – na gravidez mais ainda – uma vez que a ação das hormonas estimula a produção de melanina nessa área.

4. A cor não é a mesma que o seu tom de pele

A pigmentação que tem no corpo não é a mesma que a sua vulva. A sua pele pode ser muito branca e a vulva ser mais acastanhada e vice-versa, mais ainda caso se estejam a falar dos lábios. Assim, não vale a pena 'panicar' porque esta diferença existe e é perfeitamente normal.

5. Não deforma

Principalmente na adolescência, há comentários bem maldosos que toda a gente ouviu relativamente a alguma adolescente. Ora, a vagina é elástica e não deforma, senão o que seria das grávidas. A vagina pode aumentar o seu tamanho até 200%, voltando à dimensão normal em poucas horas.

6. A vagina é apenas uma parte do aparelho genital feminino

A vagina é o que vai da vulva ao cérvix, sendo a vulva a parte externa composta pelos lábios pequenos, lábios grandes, clitóris e períneo e o cérvix a porção inferior do útero.

7. Nem toda a mulher nasce com hímen

A membrana pode nunca ter existido portanto, não se pode cair no erro de achar que uma mulher que não sangra a primeira vez que tem relações sexuais que não é virgem. Não obstante, a elasticidade do hímen é igualmente variável de mulher para mulher, o que também pode fazer com que não sangre.

8. Cuidado com bactérias intestinais

Uma vez que a vagina está perto da região anal, pode acontecer algum tipo de infeção. No entanto, nada como adotar bons hábitos de higiene para manter a região sempre limpa, para prevenir. Quando nota que está com algum 'desarranjo' intestinal, nada como ter consigo toalhitas ou lenços humedecidos, lavar-se de seguida, limpar-se sempre na direção vagina – ânus e nunca o contrário, etc...

9. A vagina tem um sistema de limpeza

Sim, é verdade portanto, cuidado com o género de lavagem que faz, ou seja, não é necessário nem aconselhável que coloque o jacto de água diretamente na vagina ou em qualquer outro dos orifícios. A urina, por exemplo, tem o dom de arrastar e deitar fora células mortas da parede vaginal e bactérias.

10. O odor vaginal varia

Tem cheiro, sim e não adianta tentar disfarçar, até porque o uso excessivo de toalhitas e afins pode alterar a flora vaginal. O cheiro costuma ser suave e não muito intenso e tende a ser mais ácido antes da menstruação e mais in tenso após. Durante o sexo também é normal que, devido à lubrificação, o odor fique um pouco mais forte. No entanto, fora destas situações, se notar um cheiro muito intenso e um corrimento colorido, é conveniente consultar um especialista.

11. A acidez da vagina é parecida à do vinho

O pH normal da vagina varia entre o 3,8 e o 4,2 enquanto que o do vinho entre o 3,5 e o 4.

12. Há mais terminações nervosas na vagina que no pénis

A maioria está concentrada no clitóris, daí a estimulação deste aquando a penetração ajudar consideravelmente 'à festa', e são cerca de 8 mil, enquanto que no pénis estão cerca de metade.

13. Só se perde a virgindade uma vez

Períodos de seca toda a gente tem, mas não é por causa disso que volta a ficar virgem. É certo que os músculos vaginais ficam tensos, mas nada como a lubrificação para resolver isso e tal pode ser conseguido através da masturbação.

14. Os músculos vaginais também se exercitam

Os exercícios Kegel são excelentes para exercitar a vagina, proporcionando efeitos consideráveis a longo prazo, melhores orgasmos e ajudam na gravidez. Comece por treinar a sua musculatura pélvica da seguinte forma: faça força como se estivesse a segurar o xixi e mantenha a firmeza durante cerca de 10 segundos. Repita 20 a 40 vezes ao dia – sentada a trabalhar, no trânsito, etc... - em 5 ou 10 repetições.

15. O cérebro e a vagina estão interligados

Principalmente no que diz respeito ao sexo, daí se dizer que quando uma mulher não está bem consigo, dificilmente irá ter uma relação sexual satisfatória. Tudo o que sejam estímulos – toque, língua, boca, sex toys, etc... – são enviados primeiramente ao cérebro e só depois à vagina. O cérebro vai produzir hormonas e neurotransmissores que aumentam o fluxo de sangue e relaxam os músculos da região genital. É a partir daqui que a secreção lubrificante que vai facilitar a penetração e permitir que as terminações nervosas fiquem mais sensíveis e susceptíveis.