É inegável, a sensação de estarmos apaixonados, a intensidade do amor que, por vezes sentimos é extraordinária e arrebatadora. Esta força faz-nos sentir vivos, maiores, melhores. Sorrimos por tudo e por nada. Tudo parece mais fácil, mais sublime… Acreditamos, voltamos a acreditar na vida, no intangível milagre da vida.

Independente do futuro, amar vale a pena por si mesmo. Vai dar certo, não vai dar certo? Não importa, importa amar, importa transmitir isso ao outro, importa fazê-lo sentir isso. Será que os outros sentem o nosso amor? Isso também não importa… ou será que importa?

Perguntam-me; e então, a dor que se sente quando não estamos juntos?

Sim, é doloroso… a saudade pode ser terrível, mas vale a pena agarrarmo-nos aos momentos que estivemos juntos e aqueles que vamos ter no futuro. De que adianta massacrarmo-nos? Só estragamos o momento, a linda vibração.

Será que sabemos amar? Será que as nossas dependências e medos emocionais deixam que amemos em liberdade? Será que sabemos o que é a liberdade? Amor e Liberdade parecem inconciliáveis mas é exactamente o oposto. Não podemos amar sem sermos livres e mais ainda, sem deixarmos os nossos companheiros viverem a vida como querem. Custa discordar? Custa vê-los bater com a cabeça na parede e fazer asneiras que a nós nos parecem escusadas? Custa horrores, mas temos que respeitar. <br><br>

Acima de tudo devemos aproveitar cada oportunidade que a vida nos dá para amarmos. Há quem não tenha tido sequer essa chance…

Amar requer entrega? Sim, e depois? O que é que nos pode acontecer? Perder o companheiro? Pois, pode acontecer. O que fazer? Suportar a dor da perda, tentar compreender, aceitar e continuar a acreditar. Se nós continuarmos a acreditar, outro milagre surge na nossa vida. Sim, porque apaixonar-nos é um milagre que tem que ser vivido.

Apesar de tudo vale a pena amar!

Carpe Diem!

Vera Xavier