A atividade sexual regular aumenta a agilidade cerebral e estimula a memória. Acaba de ser comprovado por um novo estudo internacional que os casais de meia-idade sexualmente ativos apresentam melhor desempenho nos testes de memorização do que os casais que não praticam sexo com frequência. Basta ter relações sexuais, pelo menos duas vezes por semana, para a atividade cerebral ser potenciada.

"Pesquisas anteriores constataram que a atividade sexual em ratos lhes aumentou a capacidade cerebral e a memória, incentivando o crescimento de novos neurónios na parte do cérebro responsável pela memória", disse Mark Allen, o especialista da Universidade de Wollongong que conduziu a investigação. Durante dois anos, a sua equipa analisou os dados de mais de 6.000 adultos com mais de 50 anos.

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Os hábitos alimentares, as horas de sono, a situação socio-económica e a vida sexual da amostra, constituída por cidadãos ingleses que participaram no estudo English Longitudinal Study of Ageing (ELSA), foram fatores tidos em conta pelos investigadores australianos daquela universidade pública.

Os participantes foram, inclusivamente, convidados a especificar quantas vezes se beijavam, se tocavam e quantas vezes, depois disso, passavam ao ato sexual em si.

Os especialistas concluíram, depois dessa análise, que os que praticavam sexo com mais regularidade eram capazes de recordar eventos recentes mais facilmente do que os que não o faziam. No entanto, devemos ter em conta que uma vida sexual ativa não evita o inevitável declínio cognitivo ao longo do tempo, como alertam os especialistas da Universidade de Wollongong que estudaram o grupo.

Mark Allen, afirma mesmo que "o declínio no desempenho de memória ao longo do tempo está dissociado da atividade sexual ou proximidade emocional durante a atividade sexual de parceiros", variando de pessoa para pessoa. A idade, a genética, doenças como a demência e estilos de vida menos sãos também o condicionam. Ainda assim, pelo sim pelo não, nada como ir praticando porque o sexo faz (mesmo) bem.