Segundo o mais recente inquérito nacional realizado pela Natur House, quatro em cada dez portugueses faz um auto-retrato ilusório da sua condição física.

A maioria destes casos (3/10) considera que possui menos peso do que na realidade tem, enquanto que os restantes (1/10) tem a percepção de ter um peso superior ao real.

Tendo em conta o Índice de Massa Corporal (IMC), a maioria da população portuguesa (53,1%) apresenta excesso de peso, dos quais 8,7 por cento com obesidade e 5,1 por cento com super obesidade.

De acordo com o estudo, os homens revelam ser o sexo mais optimista. 34 por cento considera que possui menos peso do que na verdade tem e cerca de 79 por cento dos homens inquiridos nunca pensou realizar uma dieta para perder peso.

17,1 por cento dos homens acredita que a obesidade não é uma doença, sendo que destes, sensivelmente metade tem excesso de peso.

Outras das conclusões é que os portugueses, que em algum período das suas vidas optaram por realizar uma dieta, já o fizeram por três vezes. Aproximadamente 60 por cento realizaram-no sem qualquer tipo de acompanhamento médico.

Quando acompanhados, 52 por cento dos inquiridos revelaram que o nutricionista foi o profissional de saúde escolhido para supervisionar a dieta. Apenas cerca de 25 por cento referiu o médico de família.

O estudo refere também que aproximadamente 47 por cento das dietas têm uma duração inferior a três meses, e cerca de 66 por cento não ultrapassam os seis meses.

Três em cada dez portugueses revelam que o período que antecede o Verão é a altura preferencial para realizar as dietas. Quando inquiridos sobre o momento da vida em que tomaram esta atitude, a situação “doença/medicação” foi a mais apontada com 16,8 por cento.

Depois surge o período da adolescência com 15,9 por cento e o pós-casamento com 11,5 por cento. O período antes do casamento recolhe apenas 1,8 por cento das respostas globais.

Cerca de 87 por cento dos inquiridos consideram a obesidade uma patologia, sendo que 64,5 por cento classifica-a mesmo como um problema de saúde pública. Cerca de sete em cada dez dos entrevistados considera que a prevalência da obesidade irá continuar a aumentar nos próximos anos.

Quanto às prováveis causas que estão na origem deste problema, 84 por cento dos inquiridos identifica a alimentação descuidada como o principal factor desencadeante da obesidade.

61 por cento aponta a vida sedentária/falta de exercício físico como a principal causa para o surgimento do problema. A insuficiência cardíaca surge destacada, com 77 por cento, como a principal consequência da obesidade.

Em segundo lugar, mas recolhendo apenas 27,3 por cento das respostas, aparece a hipertensão arterial (HTA), e só depois a diabetes com 23 por cento.

Aproximadamente 90 por cento das pessoas inquiridas referiu que procura ter no seu dia-a-dia uma alimentação saudável e equilibrada.

29 de Dezembro de 2009