O atleta de 43 anos Etrom de Souza vai passar 24 horas a andar de costas sem parar em Sintra, com o objetivo de angariar alimentos, roupas e brinquedos para ajudar quem mais precisa.

Recordista de marcha invertida, Etrom de Souza já fez esta prova no Rossio, em Lisboa, para ajudar a Santa Casa da Misericórdia de Sintra e já praticou o mesmo desporto durante 30 horas sem parar, sob temperaturas negativas na Alemanha.

Hoje, a missão é angariar alimentos, roupas e brinquedos para que o Complexo Social Marinel (que pertence ao Exército de Salvação, um movimento internacional de um ramo evangélico da Igreja Cristã) da praia da Maçãs, em Sintra, distribua junto dos mais carenciados.

"Sou recordista de marcha invertida e estou a usar o desporto para consciencializar as pessoas de que todos podem fazer a sua parte, trazendo uma roupa, um brinquedo. É muito importante na fase que estamos a passar agora. Se todo o mundo se mobilizar, se toda a gente fizer um pouco, o mundo podia estar bem melhor", afirma Etrom de Souza, à agência Lusa.

A prova começou pelas 11:00 de hoje e meia hora depois já algumas pessoas tinham deixado alguns bens junto ao ponto de partida de Etrom de Souza, mas como a prova tem 24 horas, "muitas pessoas dizem que vão passar por cá depois do trabalho".

O atleta deixa um apelo: "Tem muita gente a precisar de ajuda ainda. Em vez de as pessoas deixarem as coisas de que não precisam nos contentores do lixo, se trouxessem para cá é distribuído já numa associação", indica.

Durante as 24 horas de prova, a maior preocupação de Etrom de Souza, depois da solidariedade, vai ser o frio: "Espero aguentar. Já vi que de madrugada vai fazer muito frio aqui", confessou.

O atleta, que já representou Portugal numa prova de marcha invertida no Rio de Janeiro, Brasil, admite que "o seu maior sonho" é entrar no livro de recordes mundiais Guinness, marchando de costas durante mais de 24 horas, à roda de um estádio de futebol.

Para já, a prova continua na Avenida Heliodoro Salgado, em Sintra, até às 11:00 de sexta-feira.

 

29 de dezembro de 2011

@Lusa