O Movimento Mulheres de Vermelho foi distinguido internacionalmente pelo seu trabalho de prevenção das doenças cardiovasculares e em particular pela promoção da dieta mediterrânica.

O movimento foi distinguido na área da responsabilidade social com uma menção honrosa do Stevie Awards, um galardão americano com projeção internacional que premeia figuras e empresas das mais variadas áreas de atividade, na categoria “Communications or PR Campaign of the Year – Public Service”.

“Fomos distinguidos pela causa que promovemos, de saúde pública focalizada nos fatores de prevenção de doença cardiovascular nas mulheres”, explicou à Lusa António Peres, responsável pelo Movimento.

Segundo este médico, o que mais pesou na decisão de atribuir este prémio foi o facto de o movimento ter estado na origem do alerta para lançar a dieta mediterrânica como candidata a património imaterial da UNESCO.

“Este galardão é um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e para nós é uma motivação para continuar a insistir na necessidade e importância para Portugal da candidatura à UNESCO, ainda por cima em causa neste momento por causa da queda do governo”, afirmou António Peres.

O responsável adiantou que o Movimento aguarda “novidades do Ministério da Agricultura”.

“Aguardamos que a qualquer momento seja nomeada uma nova comissão interministerial e vá a Conselho de Ministros para poder prosseguir [a candidatura].

António Peres destacou a importância deste tipo de alimentação não só por razões de saúde, como o seu papel no combate à obesidade e às doenças cardiovasculares, mas também por razões económicas, pelo “papel de relevo que Portugal tem como produtor de azeite”.

“A candidatura da dieta mediterrânica é agora mais oportuna do que nunca”, afirmou.

Lembrando que o enfarte e o AVC são as principais causas de morte nas mulheres, o responsável explicou que o Movimento de Vermelho alerta para uma mudança de estilos de vida, de hábitos alimentares e para que os médicos de clínica geral estejam mais atentos a esta doença na mulher.

“As mulheres são grandes vítimas dos ritmos de vida das sociedades contemporâneas, porque têm muitas vezes o papel de mulheres, mães e profissionais, o que muitas vezes as leva a descurar a sua saúde, em função da casa, da família e da profissão”, salientou.

O Movimento Mulheres de Vermelho, uma iniciativa com o contributo da Fundação Portuguesa de Cardiologia, foi criado em 2006 e conta com a participação de mais de 50 mulheres emblemáticas da sociedade Portuguesa, das mais diversas áreas.

Fonte: Lusa

11 de outubro de 2011